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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2005

se nao souberem de mim...

[ms] ... estou por aí, no meio dos fantasmas, a varrer as madeiras de amor e desejo. a saltar por entre as bolinhas de luzes e pinturas. a lamber as últimas gotas de alegria, a inspirar o pó que me alimenta. a roçar-me nos lençóis de fingir, movida a elásticos invisíveis. a beber das caras e risos e choros e palmas quentes. a troçar nas luzes fortes que ainda me aquecem. a suar no ar que me sustém. a bater as palmas para as fadas não fugirem já. se não souberem de mim, estou no palco, a desejar-me-nos-vos. se não souberem de mim, estou no palco, a despir-me. se não souberem de mim, estou no palco, a despedir-me...

colisao

ontem à noite fui perseguida por um pseudo-motard num aspirador com pretensão a mota. quando me apercebi, enquanto procurava estacionamento, que ele estava á minha espera, fui-me embora. dei uma volta ao quarteirão e dou com o dito tipo às voltas á minha procura. quando encostei, veio parar ao meu lado. voltei a arrancar, com a nítida noção que o meu tamanho não me permitia um conflito corpo-a-corpo e provavelmente se não saísse dali, teria vontade de lhe passar com o carro por cima. voltei a dar outra volta mais rebuscada e vejo-o a passar outra vez à minha procura. parei o carro, trancada lá dentro. quando começou a falar, percebi que estava bêbado. menos mal, era fácil empurrá-lo. saí. como também havia comigo um objecto pesado (à semelhança do capacete que ele mantinha em posição de arremesso) pronto a ser atirado à cabeça dele, resolveu-se tudo com três dedos de conversa, paciência para o ouvir repetitivo a contar que tinha uma mota melhor que aquela. avisei-o que perseguir pessoa

contas feitas

esta é a minha última semana de palco. sabe-me a sal, apesar do bolo antes do espectáculo. apesar dos risos cúmplices que provoco. apesar do calor das caras e mãos contra mãos, tão maior que o dos projectores. Sábado bebo uma cerveja... ou duas... a ver se passa...

ondular

[ms] com os olhos, com as mãos, com o vento do respirar. sensorial, sou. porque indelével na memória dos dedos ficam as curvas, os entretantos, a carícia do descer e do subir. no suor e na suavidade, na ternura e na loucura, pele. e deslizando entre pontos, pintas e colinas, parte-se do norte ao sul ou ao invés da bússola, do querer e da vontade. e brisas mornas de desejo dançam novas curvas inventadas, como a dos lábios pedindo um beijo ou de umas pestanas nuns olhos fechados que escondem o tanto. ou até de uma pele arrepiada de uma humidade soprada ao ouvido. se o arquejo tivesse cor, talvez soltasse pinceladas brilhantes, quentes, do grito contido.

isperto

a cada dia no trânsito, olhando em volta, reparo num sinal que nos diz a todos que essa coisa da crise é mito urbano. é uma cabala para subirem os assaltos e as seguradoras ganharem dinheiro. todos os dias, milhares de carros brilhantes, saidinhos dos stands (ou standers, conforme a burgessisse de cada um), entopem as artérias da nossa capital, qual colestrol (ou castrol) que faz com que o trânsito não flua, não haja produção, e o coração pare de bombear rendimentos e lucros para as empresas, as pessoas sejam despedidas, façam greves, assaltem e esfaqueiem, etc. nesses carros, vemos, em cada um, uma e só uma pessoa. o condutor. estamos numa sociedade de tristes, de solitários e estúpidos, que preferem entalar-se no trânsito a "conviver" com a plebe no metro ou nos autocarros. onde está o dinheiro? das prestações, dos seguros, do combustível, das revisões, dos selos? tem de haver e não é pouco. é uma cabala, volto a dizer, isso de andarem a espalhar que estamos em crise! pois

desperate theatrewives

sexta e domingo foram dias de trabalho físico, forçado, intenso. preparar uma estreia de uma peça num monumento, com todas as limitações de tempo, burocracias estatais, cuidados com as paredes e azulejos, e uma enorme estrutura por montar, que abafaria o eco das paredes de pedra. visto de fora: quatro mulheres todas com menos de 1,65m, de t-shirts tank top, calças práticas cheias de bolsos, de onde pendem x-actos, berbequins, blocos de notas, chaves de parafusos, telemóveis com auricular. circulam no espaço de cabelos apanhados, suadas, carregando cadeiras, ferros, transportando roupas em pilhas, sacos cheios de estranhos artefactos como pedras e espadas, espalhando circuitos eléctricos e instalações de som, subindo e descendo escadas, percorrendo com um porta-paletes os claustros gigantescos de um conhecido monumento secular em Lisboa. num dos dias, 2 carregadores ajudaram com parte do trabalho pesado, no outro foi um amigo providencial. no entanto, foi curioso ver essas raparigas sub

entre parentesis

na procura eterna de ser uma pessoa melhor, uma profissional melhor, uma mulher melhor, tenho andado angustiada. não sei de mim. e sei que tenho sido, se calhar, demasiado angustiante também para quem me acompanha. um dia disse a alguém: eu não sou só o que escrevo aqui. não sou só metáforas e futilidades. também não sou só tristezas. às vezes não sei de mim, quando perco as lutas, os alicerces. quando volto à tábua rasa e não sei se encontro forças ou sequer oportunidades para reconstruir, reescrever tudo. tudo aquilo de que dependo para ser feliz, para ser eu. e para levar comigo, no bolsinho, nos dedos, todos os polegares que não deixo para trás nunca. e que, sei-o, também precisam da minha alegria estúpida e do mau-feitio-beligerante-coração-de-manteiga ("cabeça em pé de guerra mansa...?") para saberem que as cores andam aí, que as fadas andam aí. tenho saudades do colo da minha avó. e do tempo das papoilas. tenho saudades de quem me conte as histórias. de quem me leve pe

puxei com mão firme o travão de mão

foi o último gesto decidido da noite, agora já não era preciso fingir. começou devagar, apenas a dor a sair em água e sal, a manchar a pele e a roupa. depois cresceu para o desconsolo convulsivo. até ficar apenas o gemido baixinho de dor, quando as lágrimas por ora já secaram. como quando perdemos alguém irremediavelmente. porque é a mesma sensação. perdi-me a mim. perdi os sonhos. deixei-os cair nos estofos, um a um. enquanto revia as cadeiras de verga ocupadas, os ares comprometidos, os meus livros atirados para dentro de uma gaveta porque já não pertenciam ali. o acender a luz. o cantinho onde sempre pousei a minha mala. de repente, o espaço cheio de vida, de gente a entrar e a sair. até as lágrimas me obrigarem a apagar a luz. o subir e ver as cadeiras, que já foram velhas, e agora são veludo rubi. os rostos que de lá me miraram. saí. puxei com mão firme o travão de mão. no banco de trás os cds, os livros, a velinha. depois a estrada levou-me. ao sítio onde as raízes se elevam do m

em catadupa

estou à espera dos carregadores para ir para Alenquer. portanto, oficialmente, a produtora executiva vai para fora em trabalho. vê-los descarregar a camioneta para um armazém, ver se não partem nada. o patrocínio teima em não pingar. está tudo a praticar o brasileiro porque todos menos eu vão de "férias em trabalho" dois meses. na altura em que andaram à procura de uma Julieta, não me deixaram tentar porque sou muito preciosa na produção. a ver vamos quanto tempo cá fico à espera de um casting em que me deixem participar. pode ser que me canse de esperar, ainda bem que tenho uma cadeirinha para passar os dias. os meus "subalternos" teimam em ficar na cama na altura de trabalhar, mas vão passear em Outubro. a minha colega, muito mais experiente que eu, está em part time para poder vender casas. todos os dias me passam atestados de incompetência, porque afinal não era bem assim que queriam. começo a duvidar da minha memória e sanidade mental. é capaz de ainda se perde

fragil

como uma flor encolhida depois de o sol se apagar. procurando na terra forças para aguentar-se viva até ele voltar. as pétalas enroladas em volta do pescoço... caule... para amainar o vento frio. a pele, sempre a pele.

casa de bonecas

foto de C.Santana viajo assim, entre recordações e cheiros. feito espírito e fantasma daquele silêncio que é meu porque não o deixo. foi a minha primeira casa, passaram anos. e ainda lá estou. conhece-me cada uma daquelas bambolinas. onde me escondia agarrada ao peito que fugia das mãos, antes de sair para o sorriso. os projectores que me lamberam a pele. aquela moldura de luzes onde prendo o rosto com pó de encantar. o cabide onde dispo o meu corpo visto os outros, o chão onde largo os meus passos e calço os outros. as cadeiras quentes onde vi acontecer a magia dos outros, de que fui parte. o chão de madeira preta onde pintei as cores e as formas de textos. não sei se é mais minha ou eu dela. se lá nas varas estará um elástico mágico que me puxa. tenho medo, agora. mas vou deixar-me voar, até que as asas não nos suportem mais os sonhos.

aos saltinhos...

estou na tv7dias! estou na tv7dias! estou na tv7dias! página inteira! página inteira! página inteira! ímpar! ímpar! ímpar! eheheheheheheheh

elevador

abro o casaco porque já começa o calor. ajusto a mochila e saio da barafunda degradada e pseudo-civilizada dos restauradores para a estreita calçada da Glória. uma pequena fila espera que o elevador abra as portas. chineses, japoneses, alemães e demais nacionalidades olham de boca aberta para o peculiar rectângulo amarelo forrado a madeira que acabou de chegar à paragem, passeando-se nos carris. tiram fotos e nos seus olhos a pergunta (em línguas desconhecidas) "para que é que aquilo serve?" ou "onde é que se irá naquilo amarelo" ou até "que pitoresco, não?". entro a seguir a um par de pessoas. aguarda-me o banco corrido de madeira às tiras e uma espera de alguns minutos. observo, de mochila no colo, quem passa por mim. à minha frente senta-se uma senhora reformada que olha para toda a gente como se medisse quem tem mais que ela. basicamente toda a gente tem algo mais que ela. há, portanto, muito para observar. um casal de velhotes entra e o velho pousa no

... e agora?...

há coisas das quais provamos os sabores, sabendo-lhes o fim. como um prato favorito, guloso. no entretanto, o não saber quando se voltará a cozinhar assim. a saborear assim. a viver assim. retornarei? e o açucarado da minha saliva revolve a língua entre travos amargos de fumo de cigarro. e agora...?

incongruencias

ontem, como não podia fazer há muito, pude ouvir música no meu quarto. perdi-me nos cds antigos que andam lá pelas estantes, coisas que eu hoje em dia não seria capaz de ouvir. outras que me rasgam um sorriso na cara. em mini-disc, tinha estranhas compilações gravadas, de há 10 anos atrás. e lá saltei pelo quarto ao som de "Jump" de Van Halen, coladinho ao quase-gospel de Joshua Kadison. e entre Metallica e Brian Adams, estava a musiquinha da "Bela e o Monstro"...

foi bommm

as borboletas na barriga fizeram-se sentir muito cedo, mas baixinho. foram-me acompanhando, durante o dia, lembrando-me que depois dos berreiros e das chatices, ia ter um dos meus momentos maravilhosos. chegar ao auditório e beber o café, tentar engolir um bolinho porque o açúcar faz falta e sorrir à cara angustiada da B. aí as borboletas começaram a esvoaçar mais rápido. as mensagens de merda e beijos de todos os lados. os telefonemas inesperados. entrar, ajustar os últimos pormenores. rever os adereços, o relógio, o coração. os óculos... a pausa: um duche quente para lavar o dia do corpo. a combinação fresca desliza pela pele. creme amansa-me, o pente a deslizar nos cabelos molhados. no burburinho das conversas sobre os preparativos, chegavam os outros amigos, os outros pedaços da peça. creme no rosto, esponja da base, toques suaves de pó com o pincel gordo. atenção mais cerrada nos olhos, a linha de eyeliner e o lápis escuro. rímel preto para as pestanas ficarem enormes. passar o ba

no bolso

vais naquele bolsinho aconchegado entre a pele e o motor do amor. e vais sentir aquele cheiro. vais ser o espírito que passa pelos outros, encontrando-lhes as almas cor de pó nas linhas vagas das luzes. vais sentir nos teus pés a madeira fresca e no pescoço o suor quente. nos olhos as luzes dos projectores. e vais ver o quadro de caras expectantes, ora sorridentes ora graves, emolduradas pelo forro das cadeiras vermelhas e as luzes de presença (sempre elas) das escadas. vais pintar cada alma com a sua cor, vais pincelar de ser cada um dos que só vivem ali. e murmurar as músicas e palavras que sabes de cor. trocar a perna com a Ana, saltitar na cama como o Ele, ouvir rádio com a Francisca, dissertar com o Mário, apertar o anti-stress com o Marques, sorrir com a Rita, esbracejar com o João, deitar a língua de fora com a Ela, ler o jornal com o António, ser pescada com o Chico, discutir com a Helena, cortar legumes com a Marília e chorar com o Sempre-Noivo. vais porque és parte de cada um
. Sempre-Noivo . algures na Baixa de madrugada . Não voltarás. Eu sei que nunca voltarás. E isso dói. Eu tenho saudades de ti... De tudo o que tu foste para mim e eu guardei bem fechado na memória, como o cheiro das velas e da madeira de cedro envernizada onde tu estavas. Como o altar mórbido da igreja onde acharam por bem deitar-te. A igreja onde nesse dia estaríamos a casar. Sei que nunca voltarás... E dói muito... porque estás perfeita aqui dentro. Dói como se te tivesse tirado uma fotografia a tudo o que havia de melhor em ti, e de repente ficasse só com essa fotografia. Da última vez que te vi, tinhas provado o vestido... lembras-te? Vestiste-o sozinha e puseste-te a olhar ao espelho, lá no teu sótão, onde em segredo fazias as tuas brincadeiras secretas... Eu subi à tua procura... vi-te pela porta entre-aberta... Sorrias. Sorrias tanto! E a magia daquele sorriso iluminava todo o quarto. Estavas feliz, estavas tão feliz.... E eu teria entrado no quarto e teria feito amor contigo, u

pontas soltas de vesperas de estreia

Sábado: mobília já no auditório. fase de montar projectores, afinar. fase de começar a pensar nas merdinhas que faltam. sair de casa, dar dois dedos de conversa para cravar uns salgados e doces de borla para a estreia à pastelaria do amigo. tomar o pequeno almoço. ir à drogaria cravar o lavatório de cozinha (que a casa de bonecas tem cozinha). conferir o conteúdo da mala de maquilhagem, acomodar os tarecos no carro, voar para Lisboa. ir fazer as unhas porque já passou um mês sem manutenção e as mãos estão uma lástima. voar para o Colombo. boxers do outro, cabo de aço, tinta para o cabelo, calças vermelhas a 5 euros (o mac não me deixa meter o símbolo, bolas), cola de tecido para as bainhas, linha, toalha e correr as lojas à procura de umas outras calças que ainda não é desta que se encontram. na azáfama de sacos e telefonemas, o lavatório que nos emprestaram este ano é mais pequeno que o do ano passado. vamos ter de fazer obras voar para o Auditório. tirar as medidas e estudar

toma la mais 5... sem pensar

(isto vem do Run Away Man - não posso pôr o link, procurem "Os Porquês" aí ao lado) Idiossincracias - as 5 menos - egocentrismos e umbilicalismos - maldade deliberada e gratuita - mania de que um sorriso custa dinheiro ou provoca cancro - incapacidade de se pôr nos sapatos dos outros, querer ouvir ou compreender, ou aceitar que toda a gente erra. a estupidez e as verdades absolutas dão-me engulhos - desperdício de dinheiro e outras energias não renováveis e consequente subaproveitamento dos valores renováveis que há por aí em bruto Idiossincracias - as 5 mais - a minha família - os meus "polegares" - o palco - música - viagens e livros (outra forma de viajar) 5 Álbuns (bolas... olha, ganham os que vierem primeiro à cabeça) - Canções Subterrâneas - A Naifa - Swing when you're winning - Robbie Williams (ouçam antes de gozar, fashavor. é o álbum das oldies...) - Mezzannine - Massive Attack - AM-FM - The Gift - Welcome to the Cruel World - Ben Harper 5 Canções (ou

num lar...

he tells her "I wanna paint you naked on a big brass bed, with bright orange poppies all around your head" and she says "you crazy old man, I'm not young any more" "well that's allright", he whispers,"I've never painted before" do you love me lady Jane, lady Jane? do you love me lady Jane, lady Jane? you've got me talking to the moon you've got me walking in the rain do you love me, do you love me lady Jane? "oh, and I wanna read you tea leaves by candle light on a fat red velvet sofa I wanna be with you all night I wanna tickle your feet with a peacock plume" and she says "can you talk a little softer? there are people in the room" do you love me lady Jane, lady Jane? do you love me lady Jane, lady Jane? you've got me talking to the moon you've got me walking in the rain do you love me, do you love me lady Jane and she says "my children brought me here and promised me they'd call but you k

orgulho

não quero questionar. não quero pensar no que vai custar. o tempo vai passar e aquelas pedras seculares serão então uma recordação. a seu tempo. não volto atrás. agora não. a última corda partiu-se. foi cortada à revelia. agora resta-me ir à que, cinicamente me diziam, ainda era a "minha casa". pegar nos livros que levei para lá para aprender a ajudar-nos melhor, nos cds de músicas que usava para ter companhia mais presente que os fantasmas. cheirar aquele ar pela última vez e recuperar na boca o sabor da amargura. ouvir os ecos dos risos daqueles corredores cheios dos espíritos que lá andaram. que estrearam sozinhos num teatro inundado, que fizeram de madeiras podres algo digno, que se cansaram em dedicação, que pentearam e montaram, desenharam, pintaram, viveram, deram e receberam. porque, apesar de tudo, de saber de tudo, eu queria continuar a lutar, saber que faria parte daquele grupo de pessoas cujos braços tinham ajudado a fazer algo de bom, de melhor. e por tantos mome

vertigo

os sofás são uma mancha de cores gulosas no corredor. hoje vamos para a nossa casa. montá-la. o computador já tem os tesouros guardados, retalhos das vidas que oportunamente se reproduzirão (também) numa tela branca. a teia de pessoas, de vidas e estórias de cada um daquelas 13 pessoas tecida, em sintonia, entre o preto e branco e as cores. as músicas voltaram a tocar na nossa cabeça e os sentidos misturam-se com as recordações. corpos cansados de dias completos, sem paragens, sem descansos. nunca mais é dia... e no entanto falta tão pouco... agora começam os retoques, os pormenores, aquela lista infindável de pormenores. cabos, cordas, tintas, pregos, tecidos, agulhas, papéis, projectores, telas, copos, pratos, coraçõezinhos, almas, pôr um visto em cada palavra. à hora de contar a história para o veludo frio e ver se as personagens já chegaram, o corpo já não está para nada nem ninguém. a cabeça explode. o medo... as caras conhecidas que aparecem para completar aquele pequeno núcleo d