o regresso a casa faz-se de passos inseguros de quem não toma as coisas por garantidas. são séculos debaixo dos pés. são vidas na roupa. são palavras que se atropelam à saída. há um sorriso familiar da parte da tarde, há gargalhadas a que já tínhamos esquecido o gosto. o corpo frio, falta de treino, estende-se para voltar ao elástico destes dias de pedras amareladas. tem-se como prenda um encenador que fica e ri. as articulações doem, estremecem. e a vaga lembrança sorri, cansada: amanhã há mais...