um encontro imprevisto levou-nos ao desafio de partilhar um texto. eu sou amadora nisto, peço desde já desculpa. Nuno : escreves tão bem que não te consegues desperdiçar em palavras. um beijinho. chá gelado o saco está tão pesado como o meu vazio. o vazio arrasta-me os passos. não quero pensar. agora não. quero um chá gelado. mas não queria daqueles de lata. era mesmo um chá com açúcar saído do frigorífico num jarro qualquer. sento-me e entre os pares de cuecas e calções encontro o livro. peço um sumo de laranja e acendo um cigarro. a mulher que me atende é muito lenta. tudo se arrasta como os meus pés. doem-me os pés. tenho de seguir caminho. mas agora doem-me os pés. P o sumo de laranja sabe bem, mas a partida dói tanto como os pés, as partidas são sempre dolorosas como são todos os momentos que implicam uma separação de alguém. fecho os olhos e tento esquecer tudo o que me leva a fugir, não consigo. tento fugir ao pensamentos com o livro, abro na página marcada mas as palavras não p...