a maré baixou e deixou expostas todas as fragilidades ao ar, a apodrecer.
basicamente, 6 meses de trabalho deitados fora. apesar de todos os conselhos, nós, as práticas (que ficaram por terras lusas), fomos acusadas de negativas pela garganeirice dos que achavam que do outro lado do Atlântico se resolveria por magia tudo o que devia ter ficado bem explícito ainda do lado de cá (e que não dependia de nós, as práticas). parceiros que deram a facada nas costas. burocracias intransponíveis. promessas de intermediários só se revelaram ainda mais ocas do que já pareciam quando já era ou vai ou racha. acharam que era de ir na mesma. duas semanas de trabalho intensivo aqui das práticas, e foram.
partir às cegas é giro, quando se é turista.
depois de tudo isto, voltarão, antes de tempo, com o rabo entre as pernas, de feitios intratáveis, e com a certeza das frases que já vamos ouvindo há uns tempos: "porque é que não fizeste/levaste/trouxeste/ligaste?" (a culpa é sempre de outros), "esta semana ainda não tenho como te pagar" (a minha preferida, ouvida em loop todas as semanas), "isto está complicado, se calhar vamos ter de repensar os ordenados" (ahahahah!).
a realização profissional já estava abaixo de zero, obrigada: trabalhar a recibos verdes por uns trocos ao mês (mês, pufff!) a fazer horários full time (e às vezes mais que isso), e inclusivé com funções múltiplas que valeriam contratar outra pessoa (ou seja, pagarem-me o dobro). a fazer produção (que não gosto) para espectáculos onde não entro, com as mesmas condições daqueles em que, ao menos, entrei. sem perspectivas de tábuas a pisar.
agora? agora é olhar em frente à espera do que a maré me trará. sair daqui ou não, esperar, continuar, não sei. só sei que tenho planos pendentes, dependentes, dos quais depende a minha saúde. mental e física. e que poderão ter de ser, mais uma vez, postos de parte.
...
alguém tem o contacto de uma bruxita?
basicamente, 6 meses de trabalho deitados fora. apesar de todos os conselhos, nós, as práticas (que ficaram por terras lusas), fomos acusadas de negativas pela garganeirice dos que achavam que do outro lado do Atlântico se resolveria por magia tudo o que devia ter ficado bem explícito ainda do lado de cá (e que não dependia de nós, as práticas). parceiros que deram a facada nas costas. burocracias intransponíveis. promessas de intermediários só se revelaram ainda mais ocas do que já pareciam quando já era ou vai ou racha. acharam que era de ir na mesma. duas semanas de trabalho intensivo aqui das práticas, e foram.
partir às cegas é giro, quando se é turista.
depois de tudo isto, voltarão, antes de tempo, com o rabo entre as pernas, de feitios intratáveis, e com a certeza das frases que já vamos ouvindo há uns tempos: "porque é que não fizeste/levaste/trouxeste/ligaste?" (a culpa é sempre de outros), "esta semana ainda não tenho como te pagar" (a minha preferida, ouvida em loop todas as semanas), "isto está complicado, se calhar vamos ter de repensar os ordenados" (ahahahah!).
a realização profissional já estava abaixo de zero, obrigada: trabalhar a recibos verdes por uns trocos ao mês (mês, pufff!) a fazer horários full time (e às vezes mais que isso), e inclusivé com funções múltiplas que valeriam contratar outra pessoa (ou seja, pagarem-me o dobro). a fazer produção (que não gosto) para espectáculos onde não entro, com as mesmas condições daqueles em que, ao menos, entrei. sem perspectivas de tábuas a pisar.
agora? agora é olhar em frente à espera do que a maré me trará. sair daqui ou não, esperar, continuar, não sei. só sei que tenho planos pendentes, dependentes, dos quais depende a minha saúde. mental e física. e que poderão ter de ser, mais uma vez, postos de parte.
...
alguém tem o contacto de uma bruxita?
Comentários
estranho: beijinho... a que dias dás consultas? :P