eu e a Câmara Lenta conhecemo-nos há muitos anos. desde um projecto de leitura dramatizada na escola que ganhou tais dimensões que teve de subir para um palco. com lata para reposição e tudo. tempos de reuniões de 20 pessoas, em que todos fazíamos tudo, planeando minuciosamente os desastres à volta de uma mesa com pão-de-ló da avó desta mesma "pequenita". já na altura, se revelava moça com um humor desmedido e uma maturidade acima da média. desde sempre a chateei. escreve. escreve. insiste. nós fazemos, nem que seja num vão de escada. quando acredito no talento das pessoas tenho este problema. e ela muito hesitante, a dar passinhos de bebé. e eu a chateá-la sempre que a apanhava a jeito. mas a acreditar que um dia ia acontecer.
e chegou o dia. um telefonema: um piloto. sem garantias, logo se vê no que dá.
a minha resposta?
"sim, sim, e há pão-de-ló da tua avó?"
havia...
este fim de semana acordei às 9 da manhã, contentinha como uma criança com um caderno novo. [eu, pelo menos, delirava com cadernos novos. mas pronto, vamos ao básico: como uma criança em noite de natal, vá.]
ia gravar um texto da minha amiga, com um elenco sem vedetas, cheio daquela energia a que sempre estive habituada e de que já tinha saudades: a garra do querer fazer, do gostar de fazer, da equipa pequena que desenrasca tudo, da criatividade desembestada, incensurada, das gargalhadas incontidas do puro prazer de estar ali, a fazer acontecer.
melhor: o meu namorido também foi convidado para participar da demência, com a personagem mais sui géneris do naipe de gente esgroviada que são aquelas personagens... sim, além de um genial fotógrafo, de um talentoso webdesigner, de um acrobático assistente de produção d'O Cinema Português, este senhor esconde na manga também uma deliciosa faceta de actor...
e a cereja no topo do bolo: íamos ter dois convidados especiais daqueles... basicamente quando surgiu um dos nomes caí literalmente da cadeira onde estava sentada. e a minha amiga fuzilou-me com um dos seus olhares compadecidos.
e de repente lá estávamos. a fluir sem entraves maiores do que ataques de riso. a cair de quatro perante uma Noémia Costa que fez a sua cena brilhantemente em cinco minutos. a partir daquele momento, criámos um novo conceito que, acreditamos, constará nos manuais de cinema - fazer uma cena brilhantemente à primeira é "fazer uma Noémia".
e quando eu pensava que o patamar não podia subir mais, dei por mim a não conseguir gravar uma cena em condições porque o senhor Nuno Markl e uma campainha conseguem deitar por terra 8 anos de experiência de interpretação. ai a risa, senhores.
[para os mais distraídos, o cocuruto de cabelo castanho do lado esquerdo é meu]
aqui fica o meu mais terno agradecimento à minha querida Perche Romero/ Virtuosa Autora/ Doce Amiga, por se ter lembrado de mim. por me dar esta prendinha de anos atrasada deliciosa.
àquela equipa de produção, por ter catering, águas, cobras quando faltou a iguana, tanto gosto, tanto talento, e tanta paciência.
à equipa de actores que criou logo ali o clima que esperamos que se prolongue por muitas temporadas, qual Friends e Seinfeld e Dr. House e quejandos.
aos dois convidados especiais. por virem ali - também eles - por uma fatia de bolo. participar sem dramas nem manias no "lugar às novas".
e ao senhor Markl em particular, por me ter oferecido um robe há muitos anos, que virou inestimável figurino desta mesma série. e por já estar desavergonhadamente a fazer publicidade a este trabalho e a tecer elogios à malta.
de facto, e citando o supracitado humorista, que por sua vez cita um autor de cujo nome não se recorda, esta é "a maior diversão que uma pessoa consegue ter sem tirar as calças". ou a saia. ou o robe.
e chegou o dia. um telefonema: um piloto. sem garantias, logo se vê no que dá.
a minha resposta?
"sim, sim, e há pão-de-ló da tua avó?"
havia...
este fim de semana acordei às 9 da manhã, contentinha como uma criança com um caderno novo. [eu, pelo menos, delirava com cadernos novos. mas pronto, vamos ao básico: como uma criança em noite de natal, vá.]
ia gravar um texto da minha amiga, com um elenco sem vedetas, cheio daquela energia a que sempre estive habituada e de que já tinha saudades: a garra do querer fazer, do gostar de fazer, da equipa pequena que desenrasca tudo, da criatividade desembestada, incensurada, das gargalhadas incontidas do puro prazer de estar ali, a fazer acontecer.
melhor: o meu namorido também foi convidado para participar da demência, com a personagem mais sui géneris do naipe de gente esgroviada que são aquelas personagens... sim, além de um genial fotógrafo, de um talentoso webdesigner, de um acrobático assistente de produção d'O Cinema Português, este senhor esconde na manga também uma deliciosa faceta de actor...
e a cereja no topo do bolo: íamos ter dois convidados especiais daqueles... basicamente quando surgiu um dos nomes caí literalmente da cadeira onde estava sentada. e a minha amiga fuzilou-me com um dos seus olhares compadecidos.
e de repente lá estávamos. a fluir sem entraves maiores do que ataques de riso. a cair de quatro perante uma Noémia Costa que fez a sua cena brilhantemente em cinco minutos. a partir daquele momento, criámos um novo conceito que, acreditamos, constará nos manuais de cinema - fazer uma cena brilhantemente à primeira é "fazer uma Noémia".
e quando eu pensava que o patamar não podia subir mais, dei por mim a não conseguir gravar uma cena em condições porque o senhor Nuno Markl e uma campainha conseguem deitar por terra 8 anos de experiência de interpretação. ai a risa, senhores.
[para os mais distraídos, o cocuruto de cabelo castanho do lado esquerdo é meu]
aqui fica o meu mais terno agradecimento à minha querida Perche Romero/ Virtuosa Autora/ Doce Amiga, por se ter lembrado de mim. por me dar esta prendinha de anos atrasada deliciosa.
àquela equipa de produção, por ter catering, águas, cobras quando faltou a iguana, tanto gosto, tanto talento, e tanta paciência.
à equipa de actores que criou logo ali o clima que esperamos que se prolongue por muitas temporadas, qual Friends e Seinfeld e Dr. House e quejandos.
aos dois convidados especiais. por virem ali - também eles - por uma fatia de bolo. participar sem dramas nem manias no "lugar às novas".
e ao senhor Markl em particular, por me ter oferecido um robe há muitos anos, que virou inestimável figurino desta mesma série. e por já estar desavergonhadamente a fazer publicidade a este trabalho e a tecer elogios à malta.
de facto, e citando o supracitado humorista, que por sua vez cita um autor de cujo nome não se recorda, esta é "a maior diversão que uma pessoa consegue ter sem tirar as calças". ou a saia. ou o robe.
Comentários
tenho bastante certeza que não te lembras de mim, mas eu lembro-me vividamente de ti!... Porquê?!
1) porque vi a lata umas 7 vezes...
2) porque vi o Sax umas 6 vezes...
3) porque vi o anúncio da vileda (e isso não se esquece)
4) porque... sábado à tarde... não consegui convencer o seu namorido a deixar-me roubar-lhe a guitarra...!!! E olhe que tentei... MUITO!!!...
Parabéns pela participação! Tenho a certeza que vou adorar (sou sua fã há algum tempo ;o) !!! )... E cuide bem da guitarra!!! É maravilhosa!... Fiquei super-apaixonada!
tudo por uma fatia de pão-de-ló
(com ou sem robe)
[o episódio/série promete!!!]
parabéns
bjs
Olha do que me lembrei: se com o piloto vendermos o Sérgio, então vendemos à primeira... então, fazemos uma GANDA NOÉMIA!!!! ;)
beijinhos para ti e para esse moço do seu namorido.
sway: era impossível não me lembrar de ti. já a parte de me tentares roubar a guitarra enquanto eu fazia de alface noutra ponta de lisboa não me foi comunicada! bem, vamos lá a ver que tem de haver raccord... enquanto houver "Sérgio", tem de haver guitarra! muahahaha!
intruso: é assim, a forma de gozar em pleno a vidinha que se tem... dar valor às pequenas-grandes coisas e atirarmo-nos de cabeça. sabe bem, isto. a ver se me mantenho por muitos e longos anos ;) quanto ao webisódio, assim que sair para a luz do dia, serão todos descaradamente bombardeados eheh
alien: sim, sim, para este natal quero uma Noémia para o nosso webisódio! ;)
É agora que eu me torno prostituta laboral e vou à tripa forra vender o "Sérgio" a patrocinadores...!!! Desde que me deixem ir fazer babysitting à guitarra linda, eu até aprendo com a avó da ana (e minha, mas isso é outra história) a fazer pão de ló!!!...
Agradeça ao seu namorido o não me ter denunciado... Tadito, ele bem olhava para mim com pena enquanto eu tentava (por gestos, durante o decorrer da gravação) explicar-lhe que eu e a guitarra éramos um match made in heaven!
(só gostava de lá ter estado para me rir dessa boca escancarada)
É por estas e por outras que me custa não falar contigo tão regularmente como dantes... passam-me as novidades todas ao lado...
A convivência online ainda tinha as suas vantagens...
... Espero que esta situação se resolva rápido rápido!!!