na bomba de gasolina, ouve-se a voz roufenha de uma rapariga da caixa:
- senhor da bomba cinco, desligue o telemóvel.
começam a rodar cabeças à procura do imbecil. volta a voz, um pouco mais alterada:
- senhor da bomba cinco, por favor desligue o telemóvel.
vemos o imbecil, continua imperturbável - vá, talvez o barulho do intercomunicador esteja a chatear um bocadinho, mas pronto -, telemóvel numa mão, mangueira de abastecimento na outra. esbracejamos, mas nada. eu começo a gritar na direcção do imbecil, tentando comunicar pelo único meio que acho que ele compreenderá: "ó senhor! trrim-trrim não! gasolina! fssst cabum! morrer! explosão! dói!" a menina da caixa insiste, cada vez mais nervosa:
- senhor da bomba cinco, é proibido falar ao telemóvel. está a ouvir? desligue o telemóvel. senhor da bomba cinco?
o meu namorido começa a encaminhar-se na direcção do imbecil, fazendo-lhe sinais para parar. abana-o para ele levantar os olhos. ele lá se apercebe que a conversa é com ele e desliga. no ar, a última frase em pânico da rapariga da caixa:
- senhor da bomba cinco, sou muito jovem para morrer.
os senhores da bomba seis têm um ataque de riso no meio da estação de serviço.
- senhor da bomba cinco, desligue o telemóvel.
começam a rodar cabeças à procura do imbecil. volta a voz, um pouco mais alterada:
- senhor da bomba cinco, por favor desligue o telemóvel.
vemos o imbecil, continua imperturbável - vá, talvez o barulho do intercomunicador esteja a chatear um bocadinho, mas pronto -, telemóvel numa mão, mangueira de abastecimento na outra. esbracejamos, mas nada. eu começo a gritar na direcção do imbecil, tentando comunicar pelo único meio que acho que ele compreenderá: "ó senhor! trrim-trrim não! gasolina! fssst cabum! morrer! explosão! dói!" a menina da caixa insiste, cada vez mais nervosa:
- senhor da bomba cinco, é proibido falar ao telemóvel. está a ouvir? desligue o telemóvel. senhor da bomba cinco?
o meu namorido começa a encaminhar-se na direcção do imbecil, fazendo-lhe sinais para parar. abana-o para ele levantar os olhos. ele lá se apercebe que a conversa é com ele e desliga. no ar, a última frase em pânico da rapariga da caixa:
- senhor da bomba cinco, sou muito jovem para morrer.
os senhores da bomba seis têm um ataque de riso no meio da estação de serviço.
Comentários
AHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
ai.....
É que há muitos senhores da bomba 5 por aí a fora... oh se há.
humor no meio da desgraça é do melhor. (mas eu ficaria muito irritada ainda que depois me risse)