textos e encenação . Ana Lázaro, Patrícia Andrade, Ricardo Neves-Neves
com . Ana Lázaro, Patrícia Andrade, Ricardo Neves-Neves, Sílvia Figueiredo, Vítor Oliveira
vídeo . Dora Carvalhas
curta de animação . Solange Santos e Mário Sousa [polegarfilmes] a partir do texto de Ana Lázaro
Casa Conveniente | 6 a 15 de Março | todos os dias às 21:30
Teatro da Trindade | 29 de Abril a 17 de Maio | 4ªa a Sáb às 22h . Dom às 17h
bilhetes . 7,5€ . normal | 5€ . para jovens até 30 anos, maiores de 65 anos, profissionais do espectáculo, grupos de mais de 10 pessoas, coveiros, talhantes e médicos legistas
info e contactos: 964096484 | 913938899 | www.teatrodoelectrico.com
chegada de Braga, passei a última semana e meia a recuperar um trabalho de 3 semanas que se tinha evaporado no éter digital de um velho programa de computador. quinta-feira à noite, depois de várias madrugadas e uma directa a trabalhar ininterruptamente [saindo apenas de frente dos fumegantes computadores para ir fazer espectáculos], finalmente entregámos o material.
valeu a pena.
não fazia ideia de como iria resultar no enquadramento final do espectáculo. sabia apenas o contexto, muito por alto. deram-nos o texto e fechámo-nos em copas com ele e maços de cigarros e café e dores nas articulações. nem a autora opinou grande coisa depois do storyboard.
assim, nesta sexta-feira, lá fomos para a Casa Conveniente ver se as peças encaixavam.
e encaixaram.
Black Vox é um espectáculo de pequenas peças curtas de terror, escritas e encenadas por alguns elementos do grupo que lhes dá corpo. com muito humor negro, daquele de que gosto. despretensioso, bem dito, bem interpretado, com variações entre a poesia, o corpo, o vídeo, a animação e a comédia. todos os textos são bons, e nem os nervos da estreia atabalhoaram o andamento. a Casa Conveniente, com o seu ar baffon [podia dizer urbano-decadente-chic, mas não me apetece a freakalhada], é o cenário perfeito e Hugo Franco fez magia com a simplicidade de algumas lâmpadas espalhadas pelos recantos do espaço.
são todos bonecos pálidos, estranhos, figuras conhecidas do nosso imaginário. e brincam bem com isso, sente-se que gostam de nos provocar e de lamber sangue das paredes como quem diz um poema bucólico. não há que ter medo de que nos façam rir: o mórbido saboreia sempre dois lados e um é o ridículo dos nossos medos. consequências de uma geração Tim Burton...
há sempre os preferidos mas nem entro por aí. não é preciso destaques, essencialmente esta peça é um corpo só. com cabeça, apesar do tema.
recomendo a todos que a apanhem ainda na Casa Conveniente. o ambiente é qualquer coisa. para quem não sabe, o espaço leva pouco mais de 20 pessoas de cada vez, portanto apressem-se.
o mais provável é cruzarmo-nos por lá, que eu vou voltar.
ah, e depois contem coisas acerca de uma curta de animação que por lá aparece... muahahah ;)
Comentários
vou ver se consigo ir! ;)
beijos
Agora percebi o porque da tua ausencia por aqui!
Beijos grandes com saudades!
B.