taquicardia de cada vez que toca o telefone, respirar é tarefa árdua no fio da navalha. erradamente, pensei que já estava dispensada de aturar depressões e bipolaridades, pensei que já tinha tido a minha dose, mas afinal ainda terá de haver espaço na paciência para o malabarismo desses tristes fados entre ftps, relatórios de erros, revisões, marcações, remarcações e gravações. a vida não tem tido banda sonora, de auscultadores nos ouvidos, olhos divididos entre imagem e letras, frases à letra e jargão especializado. a contrapartida é das 5 à meia-noite, com a melhor equipa que podia pedir, aprender - sempre - vendo fazer, indicando e corrigindo, agudos graves e entoações, rindo sem dúvida às dúvidas e enganos, fechados numa cápsula alheia às confusões. o bom trabalho faz-se com boas pessoas e pessoas boas. não há praia, não há sol, há café na esquina se houver tempo, mãos dadas na cama e correr para o próximo ponto. dentro em pouco o resultado estará à vista, escrutínio de público-alvo...