isto de ter brio no que se faz é simples.
isto de se tentar fazer o melhor que se sabe e pode, mesmo quando o corpo não colabora, quando a voz se gastou, quando tudo dói e nem conseguimos destrinçar as sílabas, é uma segunda natureza.
isto de se tentar resolver na hora para evitar problemas, mesmo quando não é do nosso departamento, de se esticar horários para lá do suportável, de se ir a correr entre capelinhas, de se galgar os quatro cantos da cidade - e mais além - só para conseguir corresponder ao que se pede, de se engolir sapos para não criar fricções. é tudo normal.
está aqui para se fazer? faz-se. há um problema? dá-se a volta.
é assim que tem de ser.
é tudo o que se tem, quando se depende dos olhos dos outros para conseguir mais trabalho.
é tudo o que se tem, quando antes de deitar levantamos a cabeça perante o espelho.
e quando tudo o que temos é a noção de que não tememos porque não devemos, é inadmissível descobrir que afinal alguém minou por qualquer mesquinhez todo o mundo e conceito que tanto suor custa diariamente para construir, manter, acarinhar, andar de queixo erguido.
quando alguém, por capricho, ímpeto ou medo de qualquer coisa não se apercebeu que comprometeu mais que um nome numa tabela, comprometeu uma pessoa, uma integridade, um sustento, uma família.
e descobrir que apesar de todas as provas provadas, quem devia saber melhor não levantou a sobrancelha para desconfiar de uma precipitação qualquer, nem sequer questionou se seria bem assim, não quis saber o suficiente para apenas perguntar se não era só um engano. um julgamento de carácter tem consequências um bocadinho para lá do despeito. o respeito demora demasiado a construir-se para ser arrasado assim por uns terceiros quaisquer, por um dá cá aquela palha, sem ouvir, considerar, ponderar.
assim se arrasta no chão um corpo de trabalho.
um corpo de vida que tanto dói a criar diariamente.
há quem desista porque não vale a pena.
se de cada vez que não vale a pena eu desistisse, neste momento não estaria aqui.
nada me vem de mão beijada, e o Murphy é a minha sombra. mas ainda acredito que nem tudo tem de correr mal sempre aos mesmos. por isso sei que esta é só a primeira parte.
isto de se tentar fazer o melhor que se sabe e pode, mesmo quando o corpo não colabora, quando a voz se gastou, quando tudo dói e nem conseguimos destrinçar as sílabas, é uma segunda natureza.
isto de se tentar resolver na hora para evitar problemas, mesmo quando não é do nosso departamento, de se esticar horários para lá do suportável, de se ir a correr entre capelinhas, de se galgar os quatro cantos da cidade - e mais além - só para conseguir corresponder ao que se pede, de se engolir sapos para não criar fricções. é tudo normal.
está aqui para se fazer? faz-se. há um problema? dá-se a volta.
é assim que tem de ser.
é tudo o que se tem, quando se depende dos olhos dos outros para conseguir mais trabalho.
é tudo o que se tem, quando antes de deitar levantamos a cabeça perante o espelho.
e quando tudo o que temos é a noção de que não tememos porque não devemos, é inadmissível descobrir que afinal alguém minou por qualquer mesquinhez todo o mundo e conceito que tanto suor custa diariamente para construir, manter, acarinhar, andar de queixo erguido.
quando alguém, por capricho, ímpeto ou medo de qualquer coisa não se apercebeu que comprometeu mais que um nome numa tabela, comprometeu uma pessoa, uma integridade, um sustento, uma família.
e descobrir que apesar de todas as provas provadas, quem devia saber melhor não levantou a sobrancelha para desconfiar de uma precipitação qualquer, nem sequer questionou se seria bem assim, não quis saber o suficiente para apenas perguntar se não era só um engano. um julgamento de carácter tem consequências um bocadinho para lá do despeito. o respeito demora demasiado a construir-se para ser arrasado assim por uns terceiros quaisquer, por um dá cá aquela palha, sem ouvir, considerar, ponderar.
assim se arrasta no chão um corpo de trabalho.
um corpo de vida que tanto dói a criar diariamente.
há quem desista porque não vale a pena.
se de cada vez que não vale a pena eu desistisse, neste momento não estaria aqui.
nada me vem de mão beijada, e o Murphy é a minha sombra. mas ainda acredito que nem tudo tem de correr mal sempre aos mesmos. por isso sei que esta é só a primeira parte.
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