. Sempre-Noivo . algures na Baixa de madrugada .
Não voltarás. Eu sei que nunca voltarás. E isso dói.
Eu tenho saudades de ti... De tudo o que tu foste para mim e eu guardei bem fechado na memória, como o cheiro das velas e da madeira de cedro envernizada onde tu estavas.
Como o altar mórbido da igreja onde acharam por bem deitar-te.
A igreja onde nesse dia estaríamos a casar.
Sei que nunca voltarás...
E dói muito... porque estás perfeita aqui dentro.
Dói como se te tivesse tirado uma fotografia a tudo o que havia de melhor em ti, e de repente ficasse só com essa fotografia.
Da última vez que te vi, tinhas provado o vestido... lembras-te?
Vestiste-o sozinha e puseste-te a olhar ao espelho, lá no teu sótão, onde em segredo fazias as tuas brincadeiras secretas...
Eu subi à tua procura... vi-te pela porta entre-aberta... Sorrias.
Sorrias tanto!
E a magia daquele sorriso iluminava todo o quarto.
Estavas feliz, estavas tão feliz....
E eu teria entrado no quarto e teria feito amor contigo, uma e outra e outra vez!.... E teriamos suado os dois o vestido, e teríamos sujo os dois o vestido...
E depois arranjaríamos uma desculpa para a asneira, pois afinal o casamento era no dia seguinte.
Mas tive a certeza.
Tive a certeza que daí a dois dias estaria lá à tua espera e tu aparecerias.
E depois tu não vieste.
Aquela tua certeza de que ias ser tão feliz estampada no teu rosto... essa certeza que me encheu de orgulho por saber que te deixava assim. Ficou gravada aqui...
Tu estás aqui... E eu agora não te posso abraçar ou beijar ou sentir o teu perfume, ou ouvir a tua respiração mais e mais e mais forte.... Não posso!
E dói... Dói muito. Muito mais do que eu posso aguentar.
(in Sax)
hoje estreio.
hoje vamos lá estar: 4 actores, 12 personagens, o sempre-noivo, o técnico de luz e o de som, a directora de cena, o encenador/autor-vivo, e os espíritos...
e uma sala cheia de gente que vai ouvir-nos falar de amor.
www.sax.pt.to
Não voltarás. Eu sei que nunca voltarás. E isso dói.
Eu tenho saudades de ti... De tudo o que tu foste para mim e eu guardei bem fechado na memória, como o cheiro das velas e da madeira de cedro envernizada onde tu estavas.
Como o altar mórbido da igreja onde acharam por bem deitar-te.
A igreja onde nesse dia estaríamos a casar.
Sei que nunca voltarás...
E dói muito... porque estás perfeita aqui dentro.
Dói como se te tivesse tirado uma fotografia a tudo o que havia de melhor em ti, e de repente ficasse só com essa fotografia.
Da última vez que te vi, tinhas provado o vestido... lembras-te?
Vestiste-o sozinha e puseste-te a olhar ao espelho, lá no teu sótão, onde em segredo fazias as tuas brincadeiras secretas...
Eu subi à tua procura... vi-te pela porta entre-aberta... Sorrias.
Sorrias tanto!
E a magia daquele sorriso iluminava todo o quarto.
Estavas feliz, estavas tão feliz....
E eu teria entrado no quarto e teria feito amor contigo, uma e outra e outra vez!.... E teriamos suado os dois o vestido, e teríamos sujo os dois o vestido...
E depois arranjaríamos uma desculpa para a asneira, pois afinal o casamento era no dia seguinte.
Mas tive a certeza.
Tive a certeza que daí a dois dias estaria lá à tua espera e tu aparecerias.
E depois tu não vieste.
Aquela tua certeza de que ias ser tão feliz estampada no teu rosto... essa certeza que me encheu de orgulho por saber que te deixava assim. Ficou gravada aqui...
Tu estás aqui... E eu agora não te posso abraçar ou beijar ou sentir o teu perfume, ou ouvir a tua respiração mais e mais e mais forte.... Não posso!
E dói... Dói muito. Muito mais do que eu posso aguentar.
(in Sax)
hoje estreio.
hoje vamos lá estar: 4 actores, 12 personagens, o sempre-noivo, o técnico de luz e o de som, a directora de cena, o encenador/autor-vivo, e os espíritos...
e uma sala cheia de gente que vai ouvir-nos falar de amor.
www.sax.pt.to
Comentários
O sushi ta em processo...... ora pois!