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vertigo

os sofás são uma mancha de cores gulosas no corredor.
hoje vamos para a nossa casa. montá-la.
o computador já tem os tesouros guardados, retalhos das vidas que oportunamente se reproduzirão (também) numa tela branca. a teia de pessoas, de vidas e estórias de cada um daquelas 13 pessoas tecida, em sintonia, entre o preto e branco e as cores.
as músicas voltaram a tocar na nossa cabeça e os sentidos misturam-se com as recordações.
corpos cansados de dias completos, sem paragens, sem descansos. nunca mais é dia... e no entanto falta tão pouco...
agora começam os retoques, os pormenores, aquela lista infindável de pormenores.
cabos, cordas, tintas, pregos, tecidos, agulhas, papéis, projectores, telas, copos, pratos, coraçõezinhos, almas, pôr um visto em cada palavra.
à hora de contar a história para o veludo frio e ver se as personagens já chegaram, o corpo já não está para nada nem ninguém. a cabeça explode. o medo...
as caras conhecidas que aparecem para completar aquele pequeno núcleo duro, trazendo as suas artes e os seus amores, unindo-os aos nossos sem pedir nada em troca. porque, no fim, se só sobrar para um café, tomá-lo-emos juntos com um sorriso de missão cumprida. a história estará contada. todas e cada noite.
o resto, fica nas mãos de quem comprar bilhete.

Comentários

Anónimo disse…
sente-se a emoção, a ansiedade, o correr do sangue, da animação, do suor...és tu, nas tuas palavras.
O Estranho disse…
Já cá não vinha há algum tempo, mas é bom ver que nada mudou, continuas com textos cheios de descrições fabulosas...
polegar disse…
nuno: sou eu, sim. não sei ser de outra forma...
estranho: saudadiiinhas. obrigada.
bufas: andas a leste do paraíso... é no que dá ir de ferias :P vai descendo... procura a Ana, a Rita, a Ela, os Teasers... vá, pronto, estreia dia 7, já quarta-fe... já quarta-feira!?!?!?!?!? aieeee...

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