expiro forte no ar frio, os passos contados pela calçada branca. o dia brilha-me no cabelo e o caminho prolonga-se até à chegada.
subo dois lanços de escadas e cumprimento a menina da recepção com um sorriso, ao que ela responde com outro, inclinando-se para a gaveta de onde tira uma chapa para a máquina do café. pago e sigo. passo as portas de onde já se entrevêem pessoas a circular entre computadores acesos, fundos de écrãs com criancinhas, dossiers e papeladas. quadros nas paredes e gráficos. vou ao chamado bar, onde está a máquina do café, ligo-a. abro a porta do meu escritório e cumprimento os actores nas paredes. ligo os computadores, pouso a mochila e dispo o casaco e o cachecol cor de rosa onde afundei o nariz no caminho.
volto à sala do bar e meto a chapinha na máquina. a bica é mais barata e apesar de a máquina ser muito antiga, o café sai espumoso, quente, forte.
volto com o copinho de plástico a fumegar, pouso-o no postal de um filme que serve de base, despejo o açúcar e acendo um cigarro. vamos ver os e-mails, juntar papelada para a advogada. enquanto o programa abre, ligo o rádio. tomem lá.
Generation sex respects the rights of girls
Who want to take their clothes off
As long as we can all watch that's o.k.
And generation sex elects the type of guys
You wouldn't leave your kids with
And shouts"off with their heads" if they get laid
Lovers watch their backs as hacks in macs
Take snaps through telephoto lenses
Chase Mercedes Benz' through the night
A mourning nation weeps and wails
But keeps the the sales of evil tabloids healthy
The poor protect the wealthy in this world
Generation sex injects the sperm of worms
Into the eggs of field-mice
So you can look real nice for the boys
And generation sex is me and you
And we should really all know better
It doesn't really matter what you say
generation sex | divine comedy | fin de siécle : 1998
subo dois lanços de escadas e cumprimento a menina da recepção com um sorriso, ao que ela responde com outro, inclinando-se para a gaveta de onde tira uma chapa para a máquina do café. pago e sigo. passo as portas de onde já se entrevêem pessoas a circular entre computadores acesos, fundos de écrãs com criancinhas, dossiers e papeladas. quadros nas paredes e gráficos. vou ao chamado bar, onde está a máquina do café, ligo-a. abro a porta do meu escritório e cumprimento os actores nas paredes. ligo os computadores, pouso a mochila e dispo o casaco e o cachecol cor de rosa onde afundei o nariz no caminho.
volto à sala do bar e meto a chapinha na máquina. a bica é mais barata e apesar de a máquina ser muito antiga, o café sai espumoso, quente, forte.
volto com o copinho de plástico a fumegar, pouso-o no postal de um filme que serve de base, despejo o açúcar e acendo um cigarro. vamos ver os e-mails, juntar papelada para a advogada. enquanto o programa abre, ligo o rádio. tomem lá.
Generation sex respects the rights of girls
Who want to take their clothes off
As long as we can all watch that's o.k.
And generation sex elects the type of guys
You wouldn't leave your kids with
And shouts"off with their heads" if they get laid
Lovers watch their backs as hacks in macs
Take snaps through telephoto lenses
Chase Mercedes Benz' through the night
A mourning nation weeps and wails
But keeps the the sales of evil tabloids healthy
The poor protect the wealthy in this world
Generation sex injects the sperm of worms
Into the eggs of field-mice
So you can look real nice for the boys
And generation sex is me and you
And we should really all know better
It doesn't really matter what you say
generation sex | divine comedy | fin de siécle : 1998
Comentários
Da leitura destes últimos posts, surge-me uma certeza: não te sentes realizada (que génio!) e uma interrogação: tens um objectivo concreto para te realizares? Então, que tens feito para o atingir? (se me espalhei nas conjecturas, faz de conta que me enganei no número, lol)
Um beijo
Daniel
faço o que posso para tentar manter-me no teatro. isso é a minha parte. agora enquanto "trabalhadora normal" numa empresa, a única coisa que peço é o cheque ao fim do mês e um bocado de respeito. para frustrações já bastam as de não poder ser actriz como modo de subsistência. assim, querido Daniel, dou tudo o que tenho em tudo o que me meto, mas há momentos em que deparamos com obstáculos. nem sempre depende de nós transpô-los. preciso de estabilidade financeira. não quero ganhar mil contos ao mês (dava jeito), apenas o suficiente para pagar as contas e seguir em frente, com uns livros, uns cds e umas viagens de vez em quando.
neste momento nem no teatro nem no emprego encontro saídas. hão-de chegar. neste momento, estou à venda... (salvo seja, hem?)
Kiss e bom fds
Penso que o tal Daniel ainda terá de crescer um pouco, ultrapassar os tais obstáculos e adversidades que a vida nos reserva.
Também me podes tratar por querido, ou anónimo fofinho como me chamaste no blog do kwan.
beijos
Filipe
vi primeiro o teu comment de cima... só tenho uma coisa a dizer: cada um com os seus dramas e maneira de lidar com eles! quem somos nós para criticar? nunca sabemos quando nos acontecerá uma semelhante? e mais vozes se ouvissem (lessem) como as do Daniel, que escreve muito bem.
mas o que lemos é opção e gosto de cada um. sendo que consideras os blogs diários das frustrações dos pobres de espírito, podes escolher não ler os diários dos deprimidos... ou então continua, diverte-te com a miséria alheia! ;) aqui serás sempre bom vindo. ora toma!
O pior é que acontece sempre aos mesmos.Coincidência? Não me parece, será antes uma tendência. Tendência para chorar no leite derramado,de ser sempre o coitadinho e infeliz da festa.
A terapia de regressão te dirá que tudo não passa de miminhos a mais.
A vida é tão só o resultado das tuas opções.
Beijos
Filipe
Não leves tão a peito as opiniões dos outros. Querias só festinhas?
mesmo que leias e deites abaixo o blog todo, continuarás a pouco saber de mim.
o mais provável é porque não sabes sair de volta do teu umbigo.
um dia que te a ventoinha te retribua o que lhe mandas, pode ser que comeces a ver as coisas de outra maneira.
provavelmente, nessa altura, não haverá ninguém para te amparar os golpes.
pode ser que nessa altura oiças o que me disseste: "A vida é tão só o resultado das tuas opções."
e aqui me despeço de ti, fofinho filipe, se quiseres continuar a mandar para o ar, manda, que comigo não contas para te responder. as tuas fantásticas opiniões continuarão, para serem partilhadas com todos os que as lerem. um bem-haja.