agarro-me com força ao que é bom. abraço com os meus dedos pequenos, e a minha boca procura o ar calmo e fresco de uma manhã de sol.
mas já não me larga o pânico da perda.
perder até o discernimento para conseguir sorrir. aquele sorriso que sempre foi tão constante que se tornou um peso e um preço, para aos poucos regressar à sua natureza. porque sempre fui de sorrir.
tempos de espiral descendente. não quero cair outra vez. não assim. não tenho mais braços. não tenho mais músculos. não. sim. o corpo pede descanso. porque suportou dores de alma, está magoado, fraco, enlameado. o coração voltou a saltar, de vez em quando, à minha revelia. a assustar-me como já me assustou. não quero mais.
quero deitar a cabeça na almofada e adormecer-me. descansar-me, serenar-me.
quero enrolar-me no ar quente e deitar-me com o sossego. só por um bocadinho.
mas já não me larga o pânico da perda.
perder até o discernimento para conseguir sorrir. aquele sorriso que sempre foi tão constante que se tornou um peso e um preço, para aos poucos regressar à sua natureza. porque sempre fui de sorrir.
tempos de espiral descendente. não quero cair outra vez. não assim. não tenho mais braços. não tenho mais músculos. não. sim. o corpo pede descanso. porque suportou dores de alma, está magoado, fraco, enlameado. o coração voltou a saltar, de vez em quando, à minha revelia. a assustar-me como já me assustou. não quero mais.
quero deitar a cabeça na almofada e adormecer-me. descansar-me, serenar-me.
quero enrolar-me no ar quente e deitar-me com o sossego. só por um bocadinho.
Comentários
Sonha com uma praia, onde tu estás. Consegues ver-te lá em baixo, na praia, onde andas, descalça pisando a areia, caminhando, por vezes mais serena, outras mais sobressaltada. Sentes a areia, nos dedos dos pés, sentes a brisa suave, sentes salpicos de água que te chegam e que te refrescam do calor que sentes, na tua praia.Vês ao longe uma tenda, perdida na praia. Vais até lá e lá dentro encontra-se um grande espelho. Olhas para ele e o que vês, como te vês?
Sais da tenda e ao olhares para o mar, vês ao longe uma ilha, que é a ilha dos teus problemas. Vais imaginar a ilha, qual é a sua cor, qual é o seu tamanho, do que é que é feita.
Agora, vais imaginar uma onda gigante que se vai formar e vai, no momento em que contas até três, destruir a ilha.
Conseguiste destruir a ilha?
Depois disso, vais voltar para a areia e vais voltar a caminhar pela praia, serena e calmamente, sentindo o sol a acariciar-te o corpo.
Ao longe vês a mesma tenda na praia deserta e voltas a ir até lá. Entras na tenda e vês o espelho. Olhas para ele. O que vês? Como te vês? Estás igual? Estás diferente?
À medida que pensas nestas coisas vais sentir um calor bom a entrar na tenda, uma espécie de luz que te envolve. Essa luz tem cor. Qual é a cor da tua luz? Quando te sentes completamente envolvida por essa luz boa, sais da tenda e vais até aonde quiseres e vais dar essa luz a uma pessoa. A quem vais dar a tua luz?
Pensa nisto e dorme feliz...
Vá lá, franzina, não te quero ver assim.
Estamos todos aqui...
Tu sabes não sabes??
Gostamos de ti, gosto de ti, de ti, tu.
Beijos
Ainda bem que estás bem... a espiral de que falas é ascendente, olha para cima e verás o futuro...
Um beijo
Daniel
Tens de fazer valer a força de Sagitário.. as espirais só servem para confundir.. sai daí e vem para cá! É uma questão de olhar em frente..
Bj
Rui