ao som de uma qualquer martelada e de Sting revisitado, a conversa foi fluindo durante horas que não chegaram a avisar que tinham passado por ali.
primeiro correm as fotos debaixo de uma tecla, e os cheiros mudam e o ar parece deliciosamente arrefecido, parece que das bocas se soltam nuvens pequenas de vapor, que nos pés correm outras pedras. partilham-se os ventos e as luzes, dando-lhes a terceira dimensão dos sorrisos.
depois as palavras descobrem novidades antigas, na língua humedecida por qualquer coisa quente e doce.
a medo, primeiro, depois com uma vontade apenas de partilhar.
são precisas umas queridas tareias com festinhas nas mãos e cigarros absorvidos de olhos brilhantes. uns passos reticentes entre uma bússola de cera e chama tremeluzente.
e o mundo pára quando alguém leva a mão à cabeça e diz 4 palavras:
- nunca tinha pensado nisso...
um bichinho de contas enrolado em cima do tampo da mesa, com medo do frio, do tempo que passa por ele e não quer que passe e quer que passe. que não se vê ali, enroladinho aconchegadinho, na plenitude da sua beleza. abre devagarinho o seu mundinho e espreita cá fora. e o brilho dos olhos inunda agora a vida e recebe-a de outra forma. é assim quando somos generosos.
primeiro correm as fotos debaixo de uma tecla, e os cheiros mudam e o ar parece deliciosamente arrefecido, parece que das bocas se soltam nuvens pequenas de vapor, que nos pés correm outras pedras. partilham-se os ventos e as luzes, dando-lhes a terceira dimensão dos sorrisos.
depois as palavras descobrem novidades antigas, na língua humedecida por qualquer coisa quente e doce.
a medo, primeiro, depois com uma vontade apenas de partilhar.
são precisas umas queridas tareias com festinhas nas mãos e cigarros absorvidos de olhos brilhantes. uns passos reticentes entre uma bússola de cera e chama tremeluzente.
e o mundo pára quando alguém leva a mão à cabeça e diz 4 palavras:
- nunca tinha pensado nisso...
um bichinho de contas enrolado em cima do tampo da mesa, com medo do frio, do tempo que passa por ele e não quer que passe e quer que passe. que não se vê ali, enroladinho aconchegadinho, na plenitude da sua beleza. abre devagarinho o seu mundinho e espreita cá fora. e o brilho dos olhos inunda agora a vida e recebe-a de outra forma. é assim quando somos generosos.
Comentários
Nunca tinha dado essa definição? Posso levá-la emprestada?
Tu e a colherzinha, falam do mesmo, cada uma com palavras ainda mais bonitas.
Estou a ouvr The Flower of Carnage (kill Bill). Parece-me a banda sonora perfeita para o que acabei de ler...
a boneca às XS é assim, mas os outros bichinhos ensinam-lhe a vida, levam-na ao outro lado, e ela de olhos esbugalhados, perplexa, aprende a vida que lhe ensinam.
c os amigos é assim, temos frases destas, "nunca tinha pensado nisso".
gosto de ti, muito. Adorei o q escreveste.
sorrisos de boneca:)
foi a coisa mais bonita que já alguém me escreveu.