para breve a vida compactada num par de alforges, os cheiros do vento e os riscos do mapa feitos rugas nas palmas das mãos. eu nas tuas e tu nas minhas. gosto disso.
a tenda vai sair do esconderijo e o pó do caminho vai fazer-nos a cama. é o chamar do asfalto.
para breve o tinir da colher na chávena de alumínio, a cozinha em pacotes, os pássaros, as ondas mornas, a relva, a areia, o cimento e a terra batida, as agua cebadas, os sotaques açucarados, as multidões e os silêncios de três mil quilómetros. o calor e o cansaço, o arrepio do suor, o aperto dos músculos, o estado alerta onde me reinvento de tantos meses de dormência.
levo creme para as dores no corpo e anseio por elas. é sinal que estou, finalmente, viva. e longe, tão longe...
Comentários
colher: sempre, sempre.
que arrumar malas
nem que fazer planos em papel... "
boas viagens por aí.................
[o perto também se acha no longe, por vezes...]
colher: chica, me parece que tendras un bolsillo volador! ;)
tapas, cañas y sonrisas nos dicen hola!!! hasta muy muy pronto, chica!
Gostei deste cantinho, boa viagem já agora *