faltam para sair daqui. vou voando nas teclas brancas, a olhar para o monitor da maçã. o último post desta torre de marfim no centro daquela a que chamam petulantemente a cinecittà portuguesa. a ver o tempo escorrer e sem saber bem se me faz falta.
o passeio dos cheiros, é o que me ocorre. primeiro das árvores frescas do jardim, do nevoeiro espesso que não apetece saborear, dos bolos da pastelaria, do cimento fresco da loja em obras, da serradura, dos ares condicionados, dos fritos logo de manhã.
as pessoas: a senhora que treme, o japonês que pinta sempre as mesmas imagens, o sr. Oliveira do quiosque e as suas piadas com chávenas, a senhora indiana dos jornais de sotaque cerrado, os empregados doces do Doce Real, o bêbado com o cão, a velhinha com o outro cão velhinho, a rapariga drogada e o namorado arrumador, o outro arrumador de óculos e discurso ainda fluente, o brasileiro do restaurante onde há o melhor bacalhau à lagareiro da cidade, o moço do banco.
e a minha janela.
os cigarros no cinzeiro, as palavras escritas, reescritas, baralhadas. as gargalhadas. as confusões, as discussões, as dores nos músculos de tantas horas nesta cadeira. o desgaste que me estava a matar.
por agora, silêncio. não está cá ninguém.
dentro em pouco fecho o caderno. levo isto tudo lá dentro.
vou para os lados da avenida. durante 6 meses tenho casa nova, com direito a cheiros de palco. sempre fico mais perto do senhor das castanhas...
o passeio dos cheiros, é o que me ocorre. primeiro das árvores frescas do jardim, do nevoeiro espesso que não apetece saborear, dos bolos da pastelaria, do cimento fresco da loja em obras, da serradura, dos ares condicionados, dos fritos logo de manhã.
as pessoas: a senhora que treme, o japonês que pinta sempre as mesmas imagens, o sr. Oliveira do quiosque e as suas piadas com chávenas, a senhora indiana dos jornais de sotaque cerrado, os empregados doces do Doce Real, o bêbado com o cão, a velhinha com o outro cão velhinho, a rapariga drogada e o namorado arrumador, o outro arrumador de óculos e discurso ainda fluente, o brasileiro do restaurante onde há o melhor bacalhau à lagareiro da cidade, o moço do banco.
e a minha janela.
os cigarros no cinzeiro, as palavras escritas, reescritas, baralhadas. as gargalhadas. as confusões, as discussões, as dores nos músculos de tantas horas nesta cadeira. o desgaste que me estava a matar.
por agora, silêncio. não está cá ninguém.
dentro em pouco fecho o caderno. levo isto tudo lá dentro.
vou para os lados da avenida. durante 6 meses tenho casa nova, com direito a cheiros de palco. sempre fico mais perto do senhor das castanhas...
Comentários
... mesmo sabendo que esse caminho, mesmo cheio de pedras, é realmente o certo. força.
deste lado, ficamos só um bocadinho mais tristes por não teres todos os dias a maçazinha à mão para escreveres mais, mas há-de se aguentar, desde que de vez em quando prometas dar um pulo por cá...
um beijo e um abraço apertado :)
Please fasten your seatbelts.
Next stop: Acting land... :)
:)
bom (novo) trabalho