já que tou na mó de baixo, vou exorcizar as desgraças todas de uma vez. este blog também serve para isso. não interessa um pintelho, mas a mim também não.
há os clássicos:
o carro (única forma de comunicação com o mundo) que avaria a cada semana.
as operações multi-anuais ao meu pai, que de repente se vai abaixo com um problema qualquer novo (desde hérnias, a calcanhares desfeitos, a polipos).
a depressão da minha mãe, desde que a minha avó morreu.
a máquina de oxigénio do meu avô.
a casa que me tiraram.
a gata que não é minha.
a vida que não tenho.
o trabalho que faço por amor e não me dá dinheiro, e agora me descartou.
o trabalho que não tenho por querer poder fazer o que me descartou.
a desilusão para os pais de uma menina de notas máximas e quadro de honra que deixou a faculdade para fazer teatro.
o dinheiro que não tenho para sequer passar a passagem de ano com amigos.
agora há uma nova:
admiro imenso o meu pai. é um autodidacta e conseguiu uma distinta carreira de director comercial de uma empresa por mérito próprio, subindo a pulso e inteligência como poucos. a minha mãe também trabalhava lá. tinham uma vida desafogada. dedicaram-se mais de 20 anos àquela casa (outra...). há uns 4 ou 5 anos (no mesmo ano em que a minha avó morreu), o meu pai teve de fechar a empresa que geria. porque o sócio (que não percebeu nunca patavina de gestão) achou que era esperto e resolveu, um santo dia, começar a meter o bedelho nos negócios. fazia acordos estranhos. comprava presuntos pata-negra e fazia jantaradas com os clientes e tava-se a marimbar para os problemas financeiros. acabou por vender a empresa a uma multinacional, que a extinguiu. leis de mercado para os maus gestores. lei de murphy para os demasiado empenhados.
os meus pais estão desempregados. ainda não têm idade para reforma.
agora veio a notícia de que lhes vão congelar as contas todas.
por falcatruas que não fizeram.
o sócio? (e meu malfadado padrinho - ao estilo mafioso mesmo)
está de férias no brasil. gordo e rico.
merry fucking christmas.
há os clássicos:
o carro (única forma de comunicação com o mundo) que avaria a cada semana.
as operações multi-anuais ao meu pai, que de repente se vai abaixo com um problema qualquer novo (desde hérnias, a calcanhares desfeitos, a polipos).
a depressão da minha mãe, desde que a minha avó morreu.
a máquina de oxigénio do meu avô.
a casa que me tiraram.
a gata que não é minha.
a vida que não tenho.
o trabalho que faço por amor e não me dá dinheiro, e agora me descartou.
o trabalho que não tenho por querer poder fazer o que me descartou.
a desilusão para os pais de uma menina de notas máximas e quadro de honra que deixou a faculdade para fazer teatro.
o dinheiro que não tenho para sequer passar a passagem de ano com amigos.
agora há uma nova:
admiro imenso o meu pai. é um autodidacta e conseguiu uma distinta carreira de director comercial de uma empresa por mérito próprio, subindo a pulso e inteligência como poucos. a minha mãe também trabalhava lá. tinham uma vida desafogada. dedicaram-se mais de 20 anos àquela casa (outra...). há uns 4 ou 5 anos (no mesmo ano em que a minha avó morreu), o meu pai teve de fechar a empresa que geria. porque o sócio (que não percebeu nunca patavina de gestão) achou que era esperto e resolveu, um santo dia, começar a meter o bedelho nos negócios. fazia acordos estranhos. comprava presuntos pata-negra e fazia jantaradas com os clientes e tava-se a marimbar para os problemas financeiros. acabou por vender a empresa a uma multinacional, que a extinguiu. leis de mercado para os maus gestores. lei de murphy para os demasiado empenhados.
os meus pais estão desempregados. ainda não têm idade para reforma.
agora veio a notícia de que lhes vão congelar as contas todas.
por falcatruas que não fizeram.
o sócio? (e meu malfadado padrinho - ao estilo mafioso mesmo)
está de férias no brasil. gordo e rico.
merry fucking christmas.
Comentários
eu não sou de me queixar muito, normalmente não me levo assim tanto a sério. se reparares, os meus posts são maioritariamente irónicos. não sou pessoa de grande poesia. acontece de vez em quando um desabafo. as coisas não estão a correr bem, facto. mas não sou pessoa de ver os quadros todos pintados de preto. quanto à passagem de ano, devo mesmo ter de ficar a deprimir com os papás a ver o hermansic... como contei, os amigos estarão todos fora e não tenho uma casa onde curtir a tal garrafa de vinho tinto (eu não gosto de champanhe) e uma boa musiquinha suave e fingir que é só mais uma noite... um bom natal para ti também, again, e entra em grande nesse ano novo. beijos.