peço desde já desculpa aos inúmeros fiéis seguidores da Palavra deste Blog pela insistência, mas a porcaria do meu cabelo está mesmo na ordem do dia.
ontem cheguei ao cabeleireiro, daqueles finos, bichésimas... ia por-me loira, a mim e à minha colega.
enquanto esperamos que ele se digne a prestar-nos alguma atenção, eu ia olhando-me no espelho e só me vinha à cabeça essa bela melodia de Demis Roussos "Goodbye my love goodbye...", em doce despedida à minha melena quase preta.
acontece que quando o dito artista capilar olha para nós, apercebe-se (finalmente e apesar das fichas que lhe enviei com fotos do elenco e desenhos dos penteados que precisamos) do quão morenas somos, e achou por bem alterar a ordem de trabalhos: vá, vão lá comprar o cabelo que vos vou coser (sim, coser) à cabeça, para depois vos descolorar (sim, descolorar) o vosso cabelo em consonância...
e manda-nos para a Damaia de Baixo (essa bela localidade). estando apeada, porque o carro está fora de Lisboa como convém a quem tem de entrar na urbe à hora de ponta, rachámos o táxi. já a fumegar - o que torna o nosso cabelo ainda mais carvão - lá chegamos e falamos com as raparigas da loja. ele tinha-nos mostrado uma madeixa daquele cabelo que queria, asseverando que tinha comprado no próprio dia na tal loja. pois que não, não foi ali. ele comprou, sim, cabelo, mas tons escuros. loiros não temos nada.
ponho o meu "assistente", que estava na base de operações (vulgo teatro) a tratar do assunto, que eu não tenho dinheiro no telemóvel para andar a ligar para cabeleireiros.
estivemos à espera de confirmação uma hora. durante a qual experimentámos postiços e afins, para gáudio das empregadas da loja, que se divertiam com a nossa cara desolada ao dizer que íamos ficar loiras e que queríamos ter um prognóstico da coisa, e tirámos um curso avançado de cabelos, perucas, postiços, tissagens, cabelo humano vs cabelo natural, apliques, sprays de brilho e outro que tais.
uma hora depois, confirma-se: afinal sempre era no Martim Moniz que havia a tal loja do cabelo, ele tinha-se enganado porque tinha ido a várias nessa manhã.
salvaram-nos do desespero as tais raparigas, que, fechando os olhos a concorrências, nos disseram que era provável que houvesse uma loja da mesma rede no metro do Colombo, a 3€ de táxi de distância.
lá chegámos. a minha colega levava meias de liga (grrau!), que por algum defeito de fabrico lhe caíam pernas abaixo a cada dois passos...
na loja: loiro platinado ou mel? hmmm... tough choice! a minha colega benze-se, porque já se estava a ver de cabeça albina, e assim podemos alegar que era o que havia...
com ela agarrada à liga, lá apanhamos o metro. depois, (esse foi o ponto alto do dia) fi-la correr para apanhar o 39, que ia a sair da paragem.
chegámos ao teatro ainda morenas, cansadíssimas, ela com uma meia pendurada na perna, com belos cabelos humanos cor de mel em bolsinhas de plástico.
um dia estranho, to say the least....
ontem cheguei ao cabeleireiro, daqueles finos, bichésimas... ia por-me loira, a mim e à minha colega.
enquanto esperamos que ele se digne a prestar-nos alguma atenção, eu ia olhando-me no espelho e só me vinha à cabeça essa bela melodia de Demis Roussos "Goodbye my love goodbye...", em doce despedida à minha melena quase preta.
acontece que quando o dito artista capilar olha para nós, apercebe-se (finalmente e apesar das fichas que lhe enviei com fotos do elenco e desenhos dos penteados que precisamos) do quão morenas somos, e achou por bem alterar a ordem de trabalhos: vá, vão lá comprar o cabelo que vos vou coser (sim, coser) à cabeça, para depois vos descolorar (sim, descolorar) o vosso cabelo em consonância...
e manda-nos para a Damaia de Baixo (essa bela localidade). estando apeada, porque o carro está fora de Lisboa como convém a quem tem de entrar na urbe à hora de ponta, rachámos o táxi. já a fumegar - o que torna o nosso cabelo ainda mais carvão - lá chegamos e falamos com as raparigas da loja. ele tinha-nos mostrado uma madeixa daquele cabelo que queria, asseverando que tinha comprado no próprio dia na tal loja. pois que não, não foi ali. ele comprou, sim, cabelo, mas tons escuros. loiros não temos nada.
ponho o meu "assistente", que estava na base de operações (vulgo teatro) a tratar do assunto, que eu não tenho dinheiro no telemóvel para andar a ligar para cabeleireiros.
estivemos à espera de confirmação uma hora. durante a qual experimentámos postiços e afins, para gáudio das empregadas da loja, que se divertiam com a nossa cara desolada ao dizer que íamos ficar loiras e que queríamos ter um prognóstico da coisa, e tirámos um curso avançado de cabelos, perucas, postiços, tissagens, cabelo humano vs cabelo natural, apliques, sprays de brilho e outro que tais.
uma hora depois, confirma-se: afinal sempre era no Martim Moniz que havia a tal loja do cabelo, ele tinha-se enganado porque tinha ido a várias nessa manhã.
salvaram-nos do desespero as tais raparigas, que, fechando os olhos a concorrências, nos disseram que era provável que houvesse uma loja da mesma rede no metro do Colombo, a 3€ de táxi de distância.
lá chegámos. a minha colega levava meias de liga (grrau!), que por algum defeito de fabrico lhe caíam pernas abaixo a cada dois passos...
na loja: loiro platinado ou mel? hmmm... tough choice! a minha colega benze-se, porque já se estava a ver de cabeça albina, e assim podemos alegar que era o que havia...
com ela agarrada à liga, lá apanhamos o metro. depois, (esse foi o ponto alto do dia) fi-la correr para apanhar o 39, que ia a sair da paragem.
chegámos ao teatro ainda morenas, cansadíssimas, ela com uma meia pendurada na perna, com belos cabelos humanos cor de mel em bolsinhas de plástico.
um dia estranho, to say the least....
Comentários
Gosto da expressão "Bad hair day", é muito brit e serve neste post que nem uma... peruca!