há meses que pensava despir-me.
assim, vestir-me apenas do branco transparente das teias translúcidas da minha mente.
o tempo e as circunstâncias entorpeceram-me os dedos.
no repente decidi-me sem mais delongas. apesar de o sangue das papoilas ressaltar mais no escuro, aqui fica a minha cabeça no colo da minha avó, num lençol que me lembra os verões de menina.
botão a botão fui desnudando o negro. desprendendo-o de mim sem efeito de catarse. apenas agora quero despir-me. revelar-me. no reflexo destas linhas. noutro contorno que me mostre a mesma, que essa não se altera.
as cores de que, alguém me disse, eram feitos os meus textos condensam-se agora naquela que, dizem, é a cor que concentra as cores todas. neutro, também.
depois da longa corrida, suada e cansada, tomei um banho prolongado nas palavras e consumi em respirações timbradas o fumo do cigarro das conversas amenas. aqueci-me entre vozes aveludadas, em luzes ténues de presença. de vigia.
aqui estou. sou eu, a mesma. o caminho é o mesmo, o meu, que percorro agora mais devagar. saltitando entre reticências. carrego apenas a pele, que se estende, ainda, em mim, por mim em aromas sinuosos e ventos descarrilados, sabores encantados.
o dedo que me coube em sorte e que enlaço na prata das noites escuras, continuo a ser eu. mulher. menina. ou algo no entretanto.
assim, vestir-me apenas do branco transparente das teias translúcidas da minha mente.
o tempo e as circunstâncias entorpeceram-me os dedos.
no repente decidi-me sem mais delongas. apesar de o sangue das papoilas ressaltar mais no escuro, aqui fica a minha cabeça no colo da minha avó, num lençol que me lembra os verões de menina.
botão a botão fui desnudando o negro. desprendendo-o de mim sem efeito de catarse. apenas agora quero despir-me. revelar-me. no reflexo destas linhas. noutro contorno que me mostre a mesma, que essa não se altera.
as cores de que, alguém me disse, eram feitos os meus textos condensam-se agora naquela que, dizem, é a cor que concentra as cores todas. neutro, também.
depois da longa corrida, suada e cansada, tomei um banho prolongado nas palavras e consumi em respirações timbradas o fumo do cigarro das conversas amenas. aqueci-me entre vozes aveludadas, em luzes ténues de presença. de vigia.
aqui estou. sou eu, a mesma. o caminho é o mesmo, o meu, que percorro agora mais devagar. saltitando entre reticências. carrego apenas a pele, que se estende, ainda, em mim, por mim em aromas sinuosos e ventos descarrilados, sabores encantados.
o dedo que me coube em sorte e que enlaço na prata das noites escuras, continuo a ser eu. mulher. menina. ou algo no entretanto.
Comentários
Mas preto ou branco, és sempre tu q eu vejo, são as tuas palavras que dão a côr ao que leio.
Beijos
(ps. qt ao estares orgulhosa d mim... n estejas. N csegui levantar o cartaz sequer. )
Tinhas razão, fica-te mesmo muito bem! Fica mais leve e as tuas palavras soam com mais pureza!
Qualquer dia experimentamos outra cor?
Beijo...
(P.S. O Cine 13 continua no mesmo sítio!)
Gosto! Mas também já gostava!
Beijo ENOOOOOORME! B.
broa quente: sorry, eu calculei q n achasses piada, mas, como sabes, era o meu preferido. estava farta de preto. passei meses a querer mudar sem ter tempo e entretanto meteste-o tu. por isso n o pus mais cedo. mas nisto dos templates há imensos iguais... isto só demonstra que temos as duas muito bom gosto eheheh além disso, quem te deu o endereço onde ir buscar os templates, hem? :P