ele era um bicho de contas.
choro sempre que o vejo. assim que o vejo. compreendo-o com todos os ossos do meu corpo.
respirou fundo e decidiu que já chegava.
atirou-se de cabeça.
ficou-me gravada a sensação de querer dar-lhe um beijo no galo.
depois desta frase, já não sei onde quero chegar com isto. perco-me em considerações que poderão ser tolas ou aborrecidas. ou pouco terão a ver com o que digo agora, com o que queria dizer. as palavras às vezes só complicam. só interferem. doseamo-las da melhor forma que sabemos. preenchemos os espaços de ar com a respiração. encolhemos os ombros. para não magoar ficamos com os braços dormentes. para não nos magoarmos dói-nos o peito. a perfeição instala-se nos instantes em que nos suspendemos no ar. suspendemo-nos de nós. damos férias ao pensamento. e sentimos as texturas do vento, do pó, da canela e de uma qualquer música sussurrante no ar. tenho momentos em que me reprimo de tal maneira que não me conheço. não me compreendo.
mas tu compreendes-me.
somos todos bichos de contas.
Comentários
Beijos lindos
gostava d ter a coragem dele
boa imagem =)
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colher: não é uma questão de querer ter a coragem... é uma coisa que nasce dentro de ti e que te empurra. é o querer mais do que o medo. às tantas não concebes outra opção...
alien: eu tb ach... tu sabes... beijinho minha querida
:(