novos percursos, com este novo trabalho, pelas ruas luminosas de Lisboa. hoje não está tanto frio, sabe bem o vento fresco na cara. vou pela rua sempre a direito, passo o jardim, e deixo-me vaguear entre o mar de casinhas baixas tão típicas e pitorescas. tão lisboetas. as caras ensonadas, fechadas do frio, parecem ter outra vida. compro um bolo e como-o no banco de jardim, ao sol.
gosto mesmo desta zona. era um sonho meu ter uma casinha por aqui. Bairro Alto, Bica, Alfama... já sei, sou demasiado exigente... e ainda por cima é difícil estacionar. mas gosto disto. até dispensava o carro...
gosto da sensação de bairro, acima de tudo. gosto de se adivinhar o rio a cada esquina, em cada ponto de luz. gosto que o sol entre pelas janelas a rodos, sem pedir licença. gosto de haver uma pastelaria onde as velhinhas vão comer a torradinha, gosto dos quiosques e das mercearias. dos prédios baixos e coloridos, da roupa branca ao sol, das conversas de janela a janela, das ruas empedradas. não sei se gostaria de viver num sítio onde as caras são tão cinzentas como os prédios impessoais onde vivem tantos que não se conhecem nem querem saber.
um destes dias fui jantar com uma amiga que mora num 5º andar minúsculo sem elevador em Alfama. uma delícia. o bairro a estender-se colina abaixo, preguiçoso, a ir beber ao rio lá ao fundo. a torre da igreja, de sinos a cantarem as horas. a lua muito redonda em dias limpos, de céu pontilhado e brilhante. logo ali, quase que se pode estender a mão e tocar-lhe. olhar para baixo e ver as ruelas de candeeiros acesos. não me demoveu o facto de terem tido de fazer entrar o sofá pela janela...
é pôr na lista... sonhar ainda não paga imposto!
gosto mesmo desta zona. era um sonho meu ter uma casinha por aqui. Bairro Alto, Bica, Alfama... já sei, sou demasiado exigente... e ainda por cima é difícil estacionar. mas gosto disto. até dispensava o carro...
gosto da sensação de bairro, acima de tudo. gosto de se adivinhar o rio a cada esquina, em cada ponto de luz. gosto que o sol entre pelas janelas a rodos, sem pedir licença. gosto de haver uma pastelaria onde as velhinhas vão comer a torradinha, gosto dos quiosques e das mercearias. dos prédios baixos e coloridos, da roupa branca ao sol, das conversas de janela a janela, das ruas empedradas. não sei se gostaria de viver num sítio onde as caras são tão cinzentas como os prédios impessoais onde vivem tantos que não se conhecem nem querem saber.
um destes dias fui jantar com uma amiga que mora num 5º andar minúsculo sem elevador em Alfama. uma delícia. o bairro a estender-se colina abaixo, preguiçoso, a ir beber ao rio lá ao fundo. a torre da igreja, de sinos a cantarem as horas. a lua muito redonda em dias limpos, de céu pontilhado e brilhante. logo ali, quase que se pode estender a mão e tocar-lhe. olhar para baixo e ver as ruelas de candeeiros acesos. não me demoveu o facto de terem tido de fazer entrar o sofá pela janela...
é pôr na lista... sonhar ainda não paga imposto!
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