Foram meses exaustivos, em horário pós laboral, pós real, realidade virtual.
Demos tudo o que tínhamos, pedimos emprestado o que não tínhamos, inventámos o que não nos emprestaram.
Até o tempo. Investido em noites sem sono, olheiras e incapacidade de raciocínio. Esgotamento emocional era nova realidade e não só uma expressão pseudo-avant-garde...
Discutimos muito... Oh, sim... De que maneira... Subimos paredes, já não nos podíamos ver à frente, mas voltámos lá todos os dias...
E fizemos uma peça de teatro.
Que eu queria há 3 anos... Esta história tinha de ser contada e eu queria fazer parte disto.
E hoje chegou ao fim.
Pisei aquelas tábuas, vivi aquelas vidas, trabalhei, suei, chorei, ri.
É esta, a dádiva.
É um trabalho de grupo.
É o chegar todos os dias cansada do trabalho e ir para ali, carregar sofás, lavar pratos, maquilhar, vestir, transformar, levantar o queixo, esquecer a vida e dar o passo em frente que nos expõe.
De repente acendem-se as luzes, ouve-se a música, o burburinho do público a acalmar na plateia. E não há retorno. E dependemos uns dos outros como uma cadeia. Como um pelotão em batalha.
E àqueles que ali estiveram, sentados a receber a história que tínhamos para contar, obrigada.
É por eles.
É uma paixão incondicional.
É a minha vida, e não sei vivê-la de outra forma.
Hoje apagaram-se as luzes deste capítulo. É a parte triste do actor. Ter de fechar a porta do teatro, trazendo consigo as malas e os textos, e as flores, e as recordações, e os cheiros.
Que ficam na pele.
Mas voltamos sempre, a reconstruir tudo do início.
Até já.
Demos tudo o que tínhamos, pedimos emprestado o que não tínhamos, inventámos o que não nos emprestaram.
Até o tempo. Investido em noites sem sono, olheiras e incapacidade de raciocínio. Esgotamento emocional era nova realidade e não só uma expressão pseudo-avant-garde...
Discutimos muito... Oh, sim... De que maneira... Subimos paredes, já não nos podíamos ver à frente, mas voltámos lá todos os dias...
E fizemos uma peça de teatro.
Que eu queria há 3 anos... Esta história tinha de ser contada e eu queria fazer parte disto.
E hoje chegou ao fim.
Pisei aquelas tábuas, vivi aquelas vidas, trabalhei, suei, chorei, ri.
É esta, a dádiva.
É um trabalho de grupo.
É o chegar todos os dias cansada do trabalho e ir para ali, carregar sofás, lavar pratos, maquilhar, vestir, transformar, levantar o queixo, esquecer a vida e dar o passo em frente que nos expõe.
De repente acendem-se as luzes, ouve-se a música, o burburinho do público a acalmar na plateia. E não há retorno. E dependemos uns dos outros como uma cadeia. Como um pelotão em batalha.
E àqueles que ali estiveram, sentados a receber a história que tínhamos para contar, obrigada.
É por eles.
É uma paixão incondicional.
É a minha vida, e não sei vivê-la de outra forma.
Hoje apagaram-se as luzes deste capítulo. É a parte triste do actor. Ter de fechar a porta do teatro, trazendo consigo as malas e os textos, e as flores, e as recordações, e os cheiros.
Que ficam na pele.
Mas voltamos sempre, a reconstruir tudo do início.
Até já.
Comentários
O melhor é saber que o palco continua lá... à espera que o pisem de novo"
(já não é a primeira vez que te "escrevo" esta frase. O que quer dizer que houve sempre "outra vez". Até à próxima)