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A mostrar mensagens de novembro, 2010

os dedos de uma mão

feitas as contas, o que são. quantos são, afinal. os rostos, os suspiros, os sorrisos a que recorres quando olhos se encolhem de medo. aqueles que constam do álbum das tuas fotografias, do arquivo que não morreu. os que sabem o caminho. os que o fazem. conta-os. ou não. quando arrefece fazes as contas. sim, sempre. é do frio. mas conta, sempre agitas os dedos. e os que vêm quando pedes. ou quando o peito aperta. sabem-te? alguma vez te souberam? faz um exercício de não respiração. suspende, por um momento, o que vai e o que vem. fica-te com o que está. estás triste? fica-o. és tu, faz as contas. mas nunca foste grande coisa a matemática.