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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2010

credo

apercebi-me no outro dia, ao passar numa livraria, que a partir de agora só poderei comprar dicionários em alfarrabistas...

do alcatrão . actualização non troppo

queria actualizar o post anterior com mais novidades, notícias, avanços. mas depois do clássico " sacuda a água do seu capote ", as notícias cessaram. que isto de serviço público não é para o jornalismo. nem para o site da Brisa. era aterro, tinha problemas geológicos, mas afinal já sabiam disso tudo, mas ninguém foi ver porque a responsabilidade é sempre de alguém mas de ninguém em especial. já têm lá as escavadoras e continuam a ver se a terra continua a cair. agora esperem. sentados, na segunda circular. todos vocês, os 40 mil utilizadores.

do alcatrão ou a importância do tom

a A9 - CREL é, na minha vida, a diferença entre demorar hora e meia ou meia hora a chegar ao trabalho. um percurso entre duas zonas sem transportes públicos que as unam. na passada sexta feira houve um aluimento de terras na dita Cintura Regional Externa de Lisboa, de manhã. soube pela rádio que cortaram uma faixa, no sentido oposto ao que eu seguia. pensei... tudo bem, aquilo com umas vassouradas vai ao sítio até ao fim do dia, logo à tarde estou safa. estúpida. estúpida. no regresso ouço pela rádio - já tarde demais - que afinal já ia em duas faixas cortadas e 4 km de fila. e eu na fila. durante uma hora e vinte minutos. quando finalmente passo pelo "sucedido", vejo primeiro que tudo uma fila de uns trinta - não estou a exagerar - topos de gama lindos e brilhantes estacionados ao longo da berma. mais à frente um ajuntamento de uns trinta senhores e senhoras, de fatos de corte impecável, sapatinho bicudo, pasta no braço e mão no queixo, visual profissionalizado pelo

o bilhete

entraste, simplesmente. recortaste-te na luz contra a penumbra atrás de ti. a noite já se fundia no céu azul. o outono é assim. recortaste-te não pela tua figura imponente, mas pelo vermelho da gabardine, subitamente incendiado pelos néons do restaurante. olhaste em volta e em cada resquício de movimento li que o sistema da loja não te era familiar. estavas mais próxima, agora. encostaste-te ao balcão. levaste a mão ao bolso enquanto esperavas que a velha dos sacos à tua frente fosse atendida. tiraste um pequeno leitor de mp3 de marca branca e carregaste num botão. levantaste o olhar e o empregado esperava-te. esticaste o pescoço para a frente, levando os dedos aos phones e tirando-os dos ouvidos. fizeste o teu pedido. as bebidas são self-service. seguiste-lhe o dedo indicador espetado e dirigiste-te aos copos, de passo hesitante. uma cola. lá do fundo ele perguntava-te mais coisas. quer queijo? quer salada? a tudo respondias com um sorriso cansado. sentaste-te a comer isolando os olh