Avançar para o conteúdo principal

os carros das eleições

quando era miúda, os únicos carros com música que passavam na rua eram, de facto, os carros dos partidos em época das eleições... e os do PCP e associações sindicais em qualquer época aleatória. por isso, vínhamos à janela, ver o carro enfeitado com bandeiras e "dizeres".
não havia a chamada pegada ecológica e ainda se gostava do festival da canção e, portanto, das canções dos partidos - que, na época, ainda tinham partidos.
eu entretinha-me a decorar as músicas e depois decidia que os meus pais tinham de votar no senhor que tinha a cançoneta mais mexida - coisa que fez corar de fúria a minha mãe um par de vezes e, se eu tivesse na altura um alter ego adulto, far-me-ia dar-me uma eficaz belinha na minha pessoa in [ingénua, inocente e infantil].

hoje em dia é outra fruta. a coisa de um carro passar com música não faz virar [muitas] cabeças, simplesmente calculamos que o dealer está a fazer o giro na nossa rua.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

wc cheap&chic makeover

ora passámos disto para isto quem diz que uns pés-descalços do subúrbio não podem ter um Roy Lichtenstein na banheira? com direito a um armário exclusivo para viagens sensoriais ao passado, recheado de pequenas antiguidades da higiene e cosmética por nós coleccionadas através de incursões a drogarias de bairro. trabalho feito por uma equipa de dois, em 8 dias, por um terço do preço que custaria mandar fazer por "profissionais". há por aí alguém que precise dos nossos serviços de consultoria? fazemos orçamentos grátes e vamos a casa...

the producers

there comes a time in your life when you have to stand up straight and scream out loud so that everybody can hear: "Who the hell do I have to fuck to have a chance around here?!" The Producers | Mel Brooks | Drury Lane Theatre | Covent Garden quando ouvi isto, soltei a gargalhada amarga que me acompanha nas ironias da vida. agora já nem consigo rir. estou cansada. não dou o cuzinho e três tostões, mas dou o couro e três tostões. não conta, porra?

reviravoltas

[ms] mais uma para o currículo. descansa. estou cá, para te dar a mão. e um dia ainda nos vamos rir... os dois... entretanto, rimo-nos também, que não há mal que não desista à vista dos dentes desgarrados e das barrigadas de nós os dois. porque eu sei o que vales, quanto vales e como vales. e para cada ingrato, grato e meio. os destinos entrançam-se devagarinho. nada acontece por acaso. há quem consiga aguentar o nó na garganta de mão dada. sabes que quando se fecha uma porta... nem que tenha de rebentar uma janela à pancada... o céu troveja porque não sou só eu que estou revoltada... peito cheio, vem aí o vento... vamos apanhá-lo de velas içadas. vamos apanhar a chuvada de boca aberta ao céu... vou sair agora. vens?