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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2007

em cadeia

eya! já não me mandavam uma destas há que tempos... obrigada, raio de sol :) sete coisas que faço bem: (não entrando nas poucas-vergonhas) 1. bolos e massas 2. conduzir (sim, sou gaja mas conduzo bem :P) 3. conversar/ouvir 4. dormir horas a fio 5. rir feita parva 6. estrebuchar e logo a seguir passar-me 7. representar sete coisas que não posso/não sei fazer: 1. aturar gente demasiado umbilical 2. dizer não (esta já vinha de origem e aplica-se, especialmente no acto de deixar de ser parva e esquecer o teatro) 3. controlar a minha bocarra 4. escolher o jantar 5. não transformar dinheiro em prendas e mimos, se recebo algum extra 6. resistir a sapatos ou a casacos ( certa e determinada pessoa diz que devia aderir aos casacos-e-sapatos-anónimos: "olá, sou a polegar e não namoro um casaco há 3 horas") 7. estrebuchar no trânsito com o mais suburbano português sete coisas que digo: 1. raisparta (também tu ?!) 2. eya! 3. yellow (a atender o telefone ou no msn - coisa pegajosa do esp

desencaixes

questiono-me a capacidade de encaixe. quando a transparência toma conta de mim, surpreende-me a velocidade com que me conformo com a minha invisibilidade. houve um tempo em que me era essencial tatuar o coração dos outros. parecia que respirava melhor. hoje já só sobram disso esquiços, poucos, de tinta debotada e braços caídos. subo as escadas, linguagem corporal de quem já sabe o que está ali, para onde vai, onde vai dar a porta fechada. nariz no ar para cheirar as recordações. sim, ó tu de cabelo no ar, conheço-te. e tu também me conhecias. esqueceste já as picardias sorridas nas tardes mornas e as mãos que te enfeitaram o bar com velas e percussões e poesias. talvez os olhos estejam assim tão diferentes. tu és dos tempos em que a esperança era perfeita. em que qualquer desafio era vencível. e tudo era um deslumbre e um caminho de pedras polidas. se calhar por isso não te lembras de mim. era a miúda de cara estragada da adolescência, de calças de ganga, passos incertos, sorriso de l

não leves a mal

andam por aí. festejos pingados, com fitas e papéis sujos, meio desfeitos calcados na calçada. as cores andam pela rua, pardacentas de pés com sapatilhas e poucas horas de sol. lembrei-me. sem querer, porque pensava que já tinha apagado essas linhas. lembrei-me. desse rosto encardido, de cores destroçadas, do fim do dia. que eu gostava de ver derreter às minhas mãos, ao chamamento do meu resfolegar. dos pequenos gemidos tremidos que te saíam das pálpebras e da boca fechada. gostava particularmente da hora da lágrima. o momento alto do sexo, ultrapassando mesmo o instante fremente em que finalmente a minha carne rasgava a tua e éramos um. era meu, por excelência, aquele momento em que logo a seguir ao teu orgasmo caías. o teu corpo ainda em estremecimento e já outros fantasmas te abandonavam. e continuavas a cair até desfazeres o rímel em lágrimas pretas, em borrões que pareciam aranhas gravadas em torno dos teus olhos a tinta fresca. sulcos escurecidos, ainda hoje não sei se da tristez

indigo nocturno

havia uma redoma feita de tecido. nos destroços da minha pele quebrada reinventavas suspiros às escondidas. ali tudo se descobria. ali estávamos nus. a luz era filtrada e projectava graffitis azuis nos corpos cerzidos. éramos nus tatuados. escondidos. rezando sem deus específico para que a luz não apagasse os desenhos no suor. essa era a hora de sair. então sopravas e eu soprava de novo. podia ser que de tanto soprar as horas se mantivessem suspensas. e depois abocanhávamos os ponteiros com soluços desconsolados. fechávamos as portas e sabíamos que ali tudo ficaria parado à nossa espera. sarcasticamente o pó suspendia a sua viagem até que retornássemos e ele voltasse a passear-se lentamente, contando-nos os segundos das nossas fugas. depois rasgámos a redoma. e no lugar das lágrimas montámos um altar onde a luz penetra num azul escuro de noite sem estrelas que não as dos olhos. forrado a cores sem tino. na lateral, dormem relógios de corda. há um vago cheiro de eternidade.

who's your momma now?

pois que ninguém manda em mim. ninguém me obriga a ter um template de que não gosto. e o meu refinado apreço pela estética [cof cof] não calará ninguém! bati às portas todas, fui a fóruns de bloggers [uma experiência demoníaca, cruzes! eles falam uma língua própria e tudo], mandei mails, pedi ajuda às mais altas instâncias e a outros bloggers que tinham ar de cromos. falei com amigos que têm o mesmo template e que também não sabiam o que fazer. sem respostas, acabei por conformar-me. fiquei sozinha, com a minha teimosia. e com um marido zen, culto e extremoso... e a gata a quem dar uns pontapés de frustração de vez em quando. com as minhas pesquisas e o pouco tempo que tínhamos livre no fim de semana, queimámos as pestanas para o Polegadas não perder a sua imagem de marca. obviamente que tem algumas pequenas diferenças - no novo blogger ou se domina o html na perfeição, ou se só se sabia fazer umas maroscas fica-se completamente preso. mas faz-se o que se pode... a evolução ao longo da

evangelização

devido a ter sido forçada a converter o meu blog ao novo blogger, este estaminé está com problemas de pluralidade. parece uma coisa de igreja... ou do demo... quero eu dizer que parece haver um conflito entre o meu template e o novo blogger que impede os meus caros visitantes de inserirem comentários. [se bem que este template foi "adquirido" na blogger templates...] estou a bater o pé. já pus um raspanete e um pedido de ajuda no fórum destes tansos e tudo. não quero mudar o meu template, a não ser em último recurso. e não tenho conhecimentos de html ou de css para construir um igual de raiz. por isso mesmo suplico a todos paciência. garanto que se não me for dada nenhuma solução até ao fim desta semana, lá terei de fazer o que não quero. por vós, caros leitores d'A Palavra deste Blog...

ao que sabes?

exposição de fotografia pin-hole . o beijo do nosso [e muito meu] querido espanta-espíritos no restaurante alfândega, ao campo das cebolas a partir de 14 de fevereiro. os beijos, os "quases". onde é que a nossa realidade acaba? onde começa a fantasia que inspirámos? porque nos reconhecemos na película? os protagonistas são quem quisermos que seja. somos nós. o método é do passado. a paixão é eterna. a vida é uma caixa de chocolates, dizia o outro. não podia estar mais de acordo. também é com uma caixa de chocolates que se tiram fotografias... ou melhor, que alguns loucos apaixonados fazem fotografias... aqui as palavras são secundárias. a primazia é ao olhar, ao olfacto, ao sabor, à memória, à surpresa das coisas simples. e, a isto, chama-se concretizar ;) um grande obrigada aos amigos - que nos encontram, nos abrem portas e nos fecham nos armários quando é preciso :)

intervalo para política

Yeyyyyyyyy! ps: a quem foi votar, obrigada. a quem não se quis dar ao trabalho: agora não se queixem. à Laurinda Alves e quejandos moralistas-a-quem-eu-furava-os-preservativos- tirava-a-empregada-e-punha-a-lavar-escadas: tomaaaaaa!!! a emissão retomará o seu curso normal dentro de momentos...

uma receita de recibos verdes

base: :: várias horas de espectáculo diárias num Monumento muito frio, para crianças irrequietas e com colegas de trabalho com estranhas mudanças de humor usar e abusar para manter o ritmo cardíaco acima da linha recta. :: voltar a correr para o escritório para mais umas horas de trabalho em frente ao computador e agarrada aos telefones, com súbitas mudanças de ritmo. uma pitada de "já agora faz vinte quilómetros ao fim de semana porque é preciso controlar a bilheteira por 5 minutos" e quejandas tarefas. :: pagamentos dentro do "só não morres à fome porque comes pouco". levar à vidinha durante dois anos-vai-para-três até atingir a estagnação, o desgaste e a quasi-morte cerebral. ::uma gata carente de aquecedores que, por isso, larga pelo a duplicar - ergo asma, ergo sono interrompido. condimentar com: :: uma exposição - um projecto de vida - que arrasta para horas tardias, fins de semana sem dormir, muito vinho tinto, mimo de que aparece para dar uma mão e... uma bo