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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2008

o canto da rosa

foto de Martim Ramos, tratada por mim bar do Teatro da Trindade 11 de Abril a 3 de Maio, sextas e sábados às 23h * bar do Teatro da Malaposta . 16 e 17 maio às 23h. criação e encenação colectivas dramaturgia e direcção: Ana Sofia Paiva com: Ana Sofia Paiva, Anabela Tomás, Cristina Andrade, Luciana Ribeiro músicos: Tiago Morna e Rodrigo Augusto produção: Kalpa Comunicação e Cultura preço: 8€ [vários descontos disponíveis] quem me conhece sabe que tenho por princípio, neste blog, fazer as minhas pseudo-críticas a espectáculos a que tenha assistido mas nos quais não trabalhe ninguém que eu conheça. maioritariamente para evitar ferir susceptibilidades [com a minha maldita mania de dizer o que realmente acho] e já agora para não parecer que só faço publicidade aos amiguinhos e mesquinhices parecidas. no entanto, hoje faço excepção. uma grande amiga minha faz parte deste elenco. entramos na casa de fados de D. Maria da Rosa, que nos vem receber à entrada. a gerente da

conjecturas de inspiração vagamente escatológica*

*que se transformou num romântico dueto de classe - ou dinâmica de um relacionamento condenado à partida a um abanamento de cabeça enquanto se rumina entredentes o[s] ditado[s] "só se estraga uma casa" e|ou "um diz mata, o outro diz esfola" eu só disse mata : há qualquer coisa de big brother nas engenhocas públicas demasiado modernas. eu já brincava com os parques de estacionamento em que uma voz diz "bem vindo ao parque não sei do quê, insira o seu cartão. obrigado e boa viagem". dizia "a senhora deve sofrer muito, ali enfiada todo o dia". ou "diz-se obrigadA, ó estúpida". mas pronto, passava. agora mais tétrico é nas casas de banho... não sei. aquela coisa de uma pessoa fazer o xixizito [meio de pé para não contactar com nada daqueles cubículos] e ainda está a subir a calça já o autoclismo, por sua auto-recreação, faz a descarga, no "exacto momento preciso". não sei. fico sempre a pensar se o sensor não será uma aldrabice. s

Ella e um cigarro

a melancolia de um abril a cântaros a lamber o vidro. a precisão de um suave berbequim nas fontes adivinha que a rinite dos fenos terá rima. pobre, mas rima. aguardo com dois comprimidos e um carioca de limão a que está por vir. a anunciada pelo esforço de me fazer ouvir em claustros com ventanias e trocas de roupa em pele ainda assim suada. a anunciada, a que rima... não? não rima propriamente, mas há um qualquer arabesco de som que me avaria a percepção perfeccionista. rinite... gripe. sigamos enquanto o vinil não se cura - mesmo assim - um crepitar... a música a raspar pela chuva adentro. um pequeno vazio ao canto. quase microscópio, o vazio. da poeira, o canto. encosto os pensamentos à parede e a língua solta-se menos literária. não desfazendo. tenho saudades de certas palavras. daquilo que sei que sei fazer. de fazer de conta a sério. a sério? tenho saudades subir por ali acima, ir por ali afora e deixando-me de rodeios dar valentes pontapés na genitália emocional de uma sala chei

wc cheap&chic makeover

ora passámos disto para isto quem diz que uns pés-descalços do subúrbio não podem ter um Roy Lichtenstein na banheira? com direito a um armário exclusivo para viagens sensoriais ao passado, recheado de pequenas antiguidades da higiene e cosmética por nós coleccionadas através de incursões a drogarias de bairro. trabalho feito por uma equipa de dois, em 8 dias, por um terço do preço que custaria mandar fazer por "profissionais". há por aí alguém que precise dos nossos serviços de consultoria? fazemos orçamentos grátes e vamos a casa...

megalomania

após uma visita ao Ikea na passada semana, por ocasião das obras na casa de banho, concluem-se três coisas: o meu namorido é o mestre do tetris eu posso vir a ganhar a vida como contorcionista o meu C1 é um camião, carago!

extreme makeover - bathroom edition

é desta. vai daí, saídos dos lençóis para um café na tasca do lado, aproveitando a folga e a tarde solarenga, voltamos a casa com uma estranha vontade violenta. tantas guerras, tantos baldes de tinta, tanta martelada no dedo, havia no entanto uma divisão que nos estava atravessada: a casa de banho. desistimos dos grandes projectos, não encontrámos quem nos assentasse uma mão cheia de pastilha por um preço acessível. por isso terá de ser como tem sido até agora. a dois, inventando do ar, imaginando e rabiscando os meus cadernos cheios de raspas de lápis de cera, como as cores fortes da casa, recorrendo ao engenho e ao "gosto disso". tudo medido de mãos dadas pelos azulejos acima, com risos e chaves de fendas a caírem nos pés descalços, decorreu hoje a cerimónia de início da remodelação da casa de banho. com uma vontade e uma mestria saídas não sabemos bem de onde, encaixotámos pertences, arrancámos móveis e loiças e vedámos saídas de água em poucas horas. e agora que já só tem