sabes quando te revisitas e já não te encontras? não sabes o que fazer de ti contigo. as perdas têm sido valentes, as estocadas mais fundas. pensei que por agora a pele estivesse mais grossa, mas não. pensei que estivesse de pés assentes, mas há força nas pernas. perdi o meu pai. perdi o meu chão. espero por uma fase boa. em que esteja tudo bem, organizado. nem que venha depois outra ventania, mas um pedaço de vida em que tudo esteja no seu lugar. só por um bocadinho. mas não. as peças estão espalhadas, quando começo a arrumar umas, caem ao chão as do outro canto da vida. um empilhar de pratos num tabuleiro demasiado cheio, que não se tem oportunidade de ir despejar à cozinha. até as metáforas me saem avariadas, já. tabuleiros de cozinha é o que me sobra. isto são metáforas, certo? é um padrão, o padrão caótico da minha vida, que tento desenhar em palavras que já não tenho. quero despejar-me aqui mas não sei bem como. os medos continuam, sabias? estão piores, diria, porque...
Comentários
A grande diferença é que a "sombra" não se chega á frente da ribalta para receber os aplausos no final, mas sendo uma boa "sombra" sabe e sente que esses aplausos lhe são também merecidos.
Para mim é essa a grande magia do teatro, uma grande equipa onde TODOS são fundamentais! E é por isso que, na hora da verdade, tudo acontece como que por milagre!
Beijos Grandes e muitos sucessos nesta nova etapa!
B.
abraços e que tudo corra bem.
b.: nem seria de outra forma. estou apenas a constatar um facto. no entanto esta passagem "forçada" está-me a dar muita dor de cabeça ;)
anabond: é uma questão de "olho" e de estar no sítio certo à hora certa ehehe.
e vê lá isso dos doces senão esta cárie canta-te uma musiqueta... escolhida a dedo de um certo canal de cinema ;))
e esse namorido nunca mais perde o jeito, que chatice...