sabes quando te revisitas e já não te encontras? não sabes o que fazer de ti contigo. as perdas têm sido valentes, as estocadas mais fundas. pensei que por agora a pele estivesse mais grossa, mas não. pensei que estivesse de pés assentes, mas há força nas pernas. perdi o meu pai. perdi o meu chão. espero por uma fase boa. em que esteja tudo bem, organizado. nem que venha depois outra ventania, mas um pedaço de vida em que tudo esteja no seu lugar. só por um bocadinho. mas não. as peças estão espalhadas, quando começo a arrumar umas, caem ao chão as do outro canto da vida. um empilhar de pratos num tabuleiro demasiado cheio, que não se tem oportunidade de ir despejar à cozinha. até as metáforas me saem avariadas, já. tabuleiros de cozinha é o que me sobra. isto são metáforas, certo? é um padrão, o padrão caótico da minha vida, que tento desenhar em palavras que já não tenho. quero despejar-me aqui mas não sei bem como. os medos continuam, sabias? estão piores, diria, porque...
Comentários
Quanto ao assunto... Acho que seria sobre Euler :)
Querida, já 'depositei' o poema de hoje. Agora estou seca...
Beijocas!
:P
Cass: e que maravilhoso depósito!
ofrioquefaznacama: (bolas, que nome comprido eheheh) obrigada e volta sempre que te apetecer. beijinho
;)
Kiss
Que tal sobre uma tarde a beber umas imperiais e comer uns caracóis?
lerei mais um pouco, depois talvez até envie um pequeno texto, se o julgar minimamente enquadrado.
Ontem eras tu que sofrias e imploravas misericórdia, para ti e para os teus. Chorei contigo. Morreste. Chorei por ti e pelo teu amor. Hoje é ela que sofre. Vem vê-la comigo, no sitio do costume, 6f, no esquema habitual... E traz o teu amor...
run away man: tive uma má experiência com caracóis... mas a parte das imperiais...
artur: espero que tenhas gostado do resto que leste. deves ter reparado que não tenho uma linha fixa de "escrita" despejo aqui os meus humores e situações. interessantes ou não para os outros. porque sou muitas coisas.
qualquer texto que envies provavelmente encaixa!
linha recta: isso do livro em branco era só um caderno com uma capa diferente... mas que estimulou muita gente, é um facto. eu nunca tive nenhum. se for a pensar nisso, nunca mantive sequer um diário ou escrevi textos. de repente, aqui, deu-me para isto.
quanto ao abrir caixas e soltar feras: é o meu espaço. e, porque meu, de todos os que o quiserem partilhar (ou escreveria num caderno). acho que se criou um ambiente mto porreiro. as pessoas que aqui passam, posso considerá-las amigas. lêem e respeitam. comentam, concordam, discordam, brincam e apoiam virtualmente. qualquer atitude fora desse companheirismo e respeito que aqui se vive é só digno de ser ignorado.
Já alguma vez Alguém olhou para ti e viste pena por não seres outra pessoa? Afinal, teres aceite ser só amiga; teres estado ao lado, nos bons e maus momentos; teres respeitado todas as decisões sem guerras nem lutas, afinal tudo isso é pouco. O que é isto contra um lindo parzinho de olhinhos azuis?