sabes quando te revisitas e já não te encontras? não sabes o que fazer de ti contigo. as perdas têm sido valentes, as estocadas mais fundas. pensei que por agora a pele estivesse mais grossa, mas não. pensei que estivesse de pés assentes, mas há força nas pernas. perdi o meu pai. perdi o meu chão. espero por uma fase boa. em que esteja tudo bem, organizado. nem que venha depois outra ventania, mas um pedaço de vida em que tudo esteja no seu lugar. só por um bocadinho. mas não. as peças estão espalhadas, quando começo a arrumar umas, caem ao chão as do outro canto da vida. um empilhar de pratos num tabuleiro demasiado cheio, que não se tem oportunidade de ir despejar à cozinha. até as metáforas me saem avariadas, já. tabuleiros de cozinha é o que me sobra. isto são metáforas, certo? é um padrão, o padrão caótico da minha vida, que tento desenhar em palavras que já não tenho. quero despejar-me aqui mas não sei bem como. os medos continuam, sabias? estão piores, diria, porque...
Comentários
(espero que resulte para ti. no meu caso certamente não resultará porque até aposto que o(a) alarve em questão não lê o meu blog. mas devia, claro.
(tenho q fazer o mesmo por lá...
com um dogville perdido... e um cd de gotan project... que me lembre assim de repente...)
:)
intruso: tu nem me dês mais ideias... não me faças começar com os cds de música, não faças... ;)
adenda - eu até sigo uma filosofia que é "se o objecto/livro/filme ficou muito tempo em casa da pessoa, é porque é para ficar com ela"... mas é O DESPERTAR DA MENTE, caramba!