Avançar para o conteúdo principal

granada sem cavilha

o telefonema chegou. e pôs-me entre a espada e a parede.

interrompo neste momento a emissão para um escarcéu vergonhoso de auto-comiseração

porque é que comigo tudo é assim? porque é que as coisas me saem das mãos e me chegam feitas ultimato, e me obrigam sempre, sempre, sempre, a fazer o que não quero? não se pode fazer isto às pessoas, eu não sou assim, eu não funciono assim. não quero maus ambientes, não quero que me olhem assim. outra vez não, não tenho forças. porque não têm razão. eu não quero que seja assim. mas nunca vão saber isso porque o que é, é o que aparece. pensa em ti, pensa em ti, lixa-te nos outros. não. pois. sim. terá de ser. não posso rebentar mais comigo. e agora tenho na mão a granada sem cavilha e só tenho de escolher para onde a atiro.

Comentários

Anónimo disse…
cuidado com a granada e faz o possível é para que não te arrebente na mão! Atira-a para aquele lugar que menos humanos atinga ( e se ao menos o Bush tivesse um bocadinho pensado nisso...outras estórias).

um bj e bom-bom verão!

(uma impressão digital de um amigo antigo...Nuno (modernloveblog)
intruso disse…
ui... entendo
[por vezes (parece que) não somos mesmo donos de nós e que as situações se precipitam para nos engolirem... mas... há sempre um buraco escuro ou um mar longe para onde atirar as granadas... i hope, i wish to hope...]

...e é isso, bom Verão!

(vou indo...)
M. disse…
atira-a para trás, para trás das costas, para trás de um sofá, para trás-os-montes, mas atira-a depressa, que na tua mão, dentro da tua mão, escondem-se minúsculos tesouros ainda por nascer, e esperam ansiosos um espaço aberto por onde rebentar.
beijos na ponta do polegar
polegar disse…
nuno: tenho saudades tuas, menino, onde andas? hum?
sim, o alvo está definido, incumbem-me apenas de largar a bomba. nada de especial, até pode ser que não faça muita mossa. acontece assim, neste mundo descartável. nós é que ficamos com as mãos a arder, e a sofrer por antecipação...

intruso: não é o caso, mas digamos que se a coisa rebentar os danos são justificados... a ver vamos mais desenvolvimentos ;)
vai lá, boas férias... afinal, que é que andas aqui a fazer, hum?? :P

m: sim, sim atiro-a para longe. ou para tão perto que lhe sinta o calor no rosto. enrolo-me e espero que passe. vamos ver onde acordo.
só não mando para trás-os-montes, que também é minha terra ;)

Mensagens populares deste blogue

take me away

uma música triste de Silence 4, uma balada doce de Lifehouse... o estado de espírito desta quarta feira. vou-me embora. por alguns dias, vou-me alhear do mundo. desta vez a redoma é minha. pegar no carro e ir. fazer-me à estrada. com destino marcado a vermelho no mapa, para uma despedida em grande. depois, logo se vê. vou poder descansar. a cabeça [das ansiedades], a máquina [que anda outra vez aos saltos], o corpo [fraco e dorido]. mas acima de tudo, vou poder ser. sorrir quando realmente me apetecer. chorar se e quando me apetecer. vai ser um fim de semana prolongado de apetecimentos.

o duende feliz

não, não é nenhum post acerca do nosso amigo linkado aqui ao lado, esse mestre dos contos e das fantasias... se bem que merecia... é que recebi uma prendinha de Natal e pude voltar às dobragens... algures nesta quadra [ergh, detesto esta palavra] passará na TVI o filme de animação "O Duende Feliz", ou "The Happy Elf". a Molly sou eu. [não tem que enganar é a miúda cuja primeira cena se passa a apedrejar o dito Duende, o Eubie... eheheheh] e também sou eu [kind of] que abro o filme, com a Irmã... esta não tem nome próprio, mas é a ela e ao irmão [que ela entretanto transformou em árvore de Natal à pancada] que se vai contar a história do Duende. sim, sim, calharam-me as miúdas reguilas e ainda por cima as duas dentro da mesma faixa etária... e agora fazer duas vozes distintas...? seria cantado pelo Harry Connick Jr. [essa maravilhosa voz que me persegue com a banda sonora de When Harry Met Sally] mas agora deve ser o Quim Bé a cantar... também não está mal... tu, jov

q.b. de q.i.

como é sabido, neste centro de escritórios funciona também uma das maiores agências de castings do país. há enchentes, vagas de gente daquela que nos consegue fazer sentir mais baixos e mais gordos do que o nosso próprio e sádico espelho. outras enchentes há de criancinhas imberbes que nos atropelam no corredor de folha com número na mão. as mães a gritarem hall fora "não te mexas que enrugas a roupinha" ou "deixa-me dar-te um jeitinho no cabelo ptui ptui já está"... e saem e entram e sentam-se e entreolham-se naquele ar altivo as meninas muito compridas e muito fininhas, do alto ainda mais alto dos seus tacões e com a mini-saia pendurada no osso da anca, que o meu patrão já diz "deixem passar dois anos que elas começam a vir nuas aos castings... pouco falta... têm é de vir de saltos altos... isso é que já não descolam dos pés!" bom, nesses dias aceder à casa de banho é um inferno. é que elas enfiam-se lá dentro nos seus exercícios de concentração preferid