sabes quando te revisitas e já não te encontras? não sabes o que fazer de ti contigo. as perdas têm sido valentes, as estocadas mais fundas. pensei que por agora a pele estivesse mais grossa, mas não. pensei que estivesse de pés assentes, mas há força nas pernas. perdi o meu pai. perdi o meu chão. espero por uma fase boa. em que esteja tudo bem, organizado. nem que venha depois outra ventania, mas um pedaço de vida em que tudo esteja no seu lugar. só por um bocadinho. mas não. as peças estão espalhadas, quando começo a arrumar umas, caem ao chão as do outro canto da vida. um empilhar de pratos num tabuleiro demasiado cheio, que não se tem oportunidade de ir despejar à cozinha. até as metáforas me saem avariadas, já. tabuleiros de cozinha é o que me sobra. isto são metáforas, certo? é um padrão, o padrão caótico da minha vida, que tento desenhar em palavras que já não tenho. quero despejar-me aqui mas não sei bem como. os medos continuam, sabias? estão piores, diria, porque...
Comentários
e o geitasso que dá qd os cigarrinhos normalizados acabam....ainda melhor!
Beijo
pinky: gosto dos cheiros mas nem de todos os sabores. para mim tem de ser fraquinho ou não fumo até ao fim. e não é só em casos de emergência: converti-me!
MPR: também, também... :) e o poder fumar o dia todo num escritório pejado de cravas e ninguém me pedir um cigarro eheheh...
casual: deixa lá isso, pá! :P
elisa: é um ritual, sim. muito bom. desde abrir o pacote, ao processo de aconchegar o tabaco, juntar o filtro, lamber a mortalha e fechar a tampa da caixa... é que eu tenho uma "caixa-enroladora"... só para chocar as tias é que enrolo à mão ;))
colher: anytime!
(embora não o pratique...)
:)