seguia pela rua como qualquer outra pessoa, nem mais gorda nem mais magra, nem mais feia nem mais bonita. quase me acompanhava os passos. quando começou a falar:
- é que ninguém faz nada. são uns assassinos. eles são uns assassinos e matam tudo e não deixam ninguém. matam as mães com os filhos lá dentro, e a mim também.
não consegui evitar um esgar surpreendido.
- pois, agora olhas para mim, pensas que eu não vi, não? mas os assassinos andam aí. eu sei, eu sei e toda a gente sabe.
entrei directa no café, alheando-me da ladainha. mas ela veio atrás de mim. parou ao balcão logo à entrada e não esperou que a atendessem.
- é um café cheio bem quente.
- é que ninguém faz nada. são uns assassinos. eles são uns assassinos e matam tudo e não deixam ninguém. matam as mães com os filhos lá dentro, e a mim também.
não consegui evitar um esgar surpreendido.
- pois, agora olhas para mim, pensas que eu não vi, não? mas os assassinos andam aí. eu sei, eu sei e toda a gente sabe.
entrei directa no café, alheando-me da ladainha. mas ela veio atrás de mim. parou ao balcão logo à entrada e não esperou que a atendessem.
- é um café cheio bem quente.
Comentários
corpo presente, mente ausente.
é assustador.
É preciso dizer que iamos ambos a pé, sem nada na mão e que passei a dois metros do bicho!