este ano não há páginas enrugadas de um mapa, mochilas pesadas prevenidas penduradas, não há línguas estranhas, banhos de saberes, de gentes diferentes, de espíritos surpreendentes, ruas perdidas onde nos encontramos e ponderamos como seria. não há tea cosies nem vin chaud, não há east enders nem patisseries nem a parada das princesas. por isso te peço desculpa.
no entanto, há a fuga. sempre a fuga, para a frente, onde fica o caminho, onde fica o regresso. há a estrada, sempre a estrada, que desembrulhas de vento e de prados que vais conhecendo de cor, no trilho das mãos que já não se separam. há regressos e silêncios pejados dos sons e dos cheiros que não te comprimem o espírito. há os dias que passam lentos mas não doem ao roçar-nos. haja paz.
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