Avançar para o conteúdo principal

still in rebounce

hoje fiz uma coisa que me espantou a mim própria. recusei um trabalho em teatro.
os motivos são meus. muito meus. mas pela primeira vez inspirei fundo e disse que não. depois de experimentar, claro.
as forças já não são as que eram, e curiosamente as ilusões também não.
pesei na balança os prós e os contras, as pálpebras pesaram-me e o peito pesou-me. senti-me estranha, diferente e tive medo de me sentir injusta. com os outros e comigo. entre o "há-de aparecer qualquer coisa que valha a pena", o "estás a ficar velha, oportunidades não caem do céu" e "ainda achas que vais chegar a algum lado assim?" ou até "mais vale saíres agora do que não teres coragem para sair depois" puxei de uma golfada de ar sem cigarro e no suspiro deixei sair a razão.
assim não, por desespero não. por amor. por orgulho. como sempre foi.

...

se calhar estou mesmo a ficar velha...
mas nesse caso com a idade não vem a sanidade, senhores...

Comentários

Anónimo disse…
dizer que sim é fácil e tentador.
dizer que não, nunca é.
assim se faz uma carreira.

"estreito e pedregoso é o caminho...".
(tenho de largar a bíblia motard...)
Anónimo disse…
podes ter dito uma grande verdade, digna de grande pensamento transcendente... e agradeço-te o apoio...
mas o mais incrível foi a gargalhada que larguei... de facto é impossível ficar triste mais de 5 minutos ao pé de ti...
amén para ti, meu caro. e nunca te esqueças:
"Jesus disse: eu sou uma porta... quem entrar em mim terá a salvação..." palavra do pastor ;)
Anónimo disse…
Como eu te percebo... as ultimas propostas tenho as andado a despachar para os amigos...
Anónimo disse…
O que posso dizer? Já foi tudo dito...por vocês próprios. É tão bom ter-vos conhecido. Deixem-me lá arranjar uma frase ainda melhor...

Isto é muito à frente...parecem os bolinhos da sorte. Procurei na bíblia on-line a palavra caminho e saiu-me isto:

As codornizes foram espalhadas pelo arraial até à distância de 25 a 32 km. que era o caminho de um dia (Nm 11.31). o caminho de um dia de sábado (Mt 24.20 - At 1.12) eram 1400 metros, distância que podia ser percorrida sem quebrar a lei (Êx 16.29).

Agora vou ficar a tarde toda a pensar nisto.

Muito à frente, muito à frente indeed.
Anónimo disse…
Não sei se censuro ou se aprovo.
Por amor parece-me bem mas, acabarem-se as ilusões...o sonho? Queres levar uma arrochada na cabeça? Uma bigorna? uma carga de porrada?
Anónimo disse…
idontwannagrowup: pois...
macaso: LOL já entraste no espírito, considera-te evangelizada!
Rantas: calma, amigo... como disse os motivos são meus e fortes... achas que abria mão assim? o sonho não morreu, pelo contrário. apenas o encaro de outra forma, mais ponderada.
Anónimo disse…
Como te compreendo!!

Beijo, B.
Anónimo disse…
compreendo-te bem e essas decisões normalmente são boas!
agora, por aqui as coisas estão tão nubladas que qualquer coisa q me aparecesse era bem vinda...
Anónimo disse…
Nunca sabemos o que um "não" ou um "sim" nos reserva... Por isso custa tanto dizer "não" ou "sim" e não custa nada dizer "talvez" "vamos ver" "não sei" "porque não" "depois vemos"....... "nós depois telefonamos"

Quando houver distância vais olhar para trás e ver o que esse "não" te proporcionou... e vais ficar aliviada porque vais ver que fizeste o que te pedias (e não por estares a ficar velha ou sensata...)

Se não eu, que com 21 já disse esse "não", sou o quê? Velha? Uma múmia? a Lili Caneças?

É como diz aquela outra passagem da bíblia: "Pessoa que um "não" sabe dizer, não tem medo, tem querer" (ok, ok.. isto não vem na biblía... MAS PODERIA VIR, RAIOS!!!)
Anónimo disse…
como estes comentários andam meio embruxados, de vez em quando tenho de meter um pontinho para desentupir o comtário q ficar preso lá nesse estranho limbo virtual... só para esclarecer ;)
Anónimo disse…
agora q ja vejo os comentários, vamos lá responder...

B: ora pois bem, andamos todos ao mesmo
Mill: bem vindo/a. compreendo-te... tb andei no deserto muito tempo... pensado bem a nível do que realmente quero fazer ainda tenho um pezinho na areia...
Alien: também acho q sim... e qualquer passagem da bíblia é bem-vinda... quem sabe se um dia não começamos uma nova seita de bloggers?? ;)

Mensagens populares deste blogue

take me away

uma música triste de Silence 4, uma balada doce de Lifehouse... o estado de espírito desta quarta feira. vou-me embora. por alguns dias, vou-me alhear do mundo. desta vez a redoma é minha. pegar no carro e ir. fazer-me à estrada. com destino marcado a vermelho no mapa, para uma despedida em grande. depois, logo se vê. vou poder descansar. a cabeça [das ansiedades], a máquina [que anda outra vez aos saltos], o corpo [fraco e dorido]. mas acima de tudo, vou poder ser. sorrir quando realmente me apetecer. chorar se e quando me apetecer. vai ser um fim de semana prolongado de apetecimentos.

o duende feliz

não, não é nenhum post acerca do nosso amigo linkado aqui ao lado, esse mestre dos contos e das fantasias... se bem que merecia... é que recebi uma prendinha de Natal e pude voltar às dobragens... algures nesta quadra [ergh, detesto esta palavra] passará na TVI o filme de animação "O Duende Feliz", ou "The Happy Elf". a Molly sou eu. [não tem que enganar é a miúda cuja primeira cena se passa a apedrejar o dito Duende, o Eubie... eheheheh] e também sou eu [kind of] que abro o filme, com a Irmã... esta não tem nome próprio, mas é a ela e ao irmão [que ela entretanto transformou em árvore de Natal à pancada] que se vai contar a história do Duende. sim, sim, calharam-me as miúdas reguilas e ainda por cima as duas dentro da mesma faixa etária... e agora fazer duas vozes distintas...? seria cantado pelo Harry Connick Jr. [essa maravilhosa voz que me persegue com a banda sonora de When Harry Met Sally] mas agora deve ser o Quim Bé a cantar... também não está mal... tu, jov

q.b. de q.i.

como é sabido, neste centro de escritórios funciona também uma das maiores agências de castings do país. há enchentes, vagas de gente daquela que nos consegue fazer sentir mais baixos e mais gordos do que o nosso próprio e sádico espelho. outras enchentes há de criancinhas imberbes que nos atropelam no corredor de folha com número na mão. as mães a gritarem hall fora "não te mexas que enrugas a roupinha" ou "deixa-me dar-te um jeitinho no cabelo ptui ptui já está"... e saem e entram e sentam-se e entreolham-se naquele ar altivo as meninas muito compridas e muito fininhas, do alto ainda mais alto dos seus tacões e com a mini-saia pendurada no osso da anca, que o meu patrão já diz "deixem passar dois anos que elas começam a vir nuas aos castings... pouco falta... têm é de vir de saltos altos... isso é que já não descolam dos pés!" bom, nesses dias aceder à casa de banho é um inferno. é que elas enfiam-se lá dentro nos seus exercícios de concentração preferid