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há dias assim

adormeci. podia morar num sítio em que, mesmo atrasando-me, se acelerasse muito, cumpriria o atraso normal, dito elegante, de 15 minutos. não é o meu caso. lá das berças onde moro, há sempre os 20 minutos de auto-estrada, o trânsito na entrada em Lisboa, o largar o carro num parque financeiramente suportável, o apanhar o metro para o Rossio, fazer toda a linha verde...
para melhorar as coisas, a minha colega que poderia estar no escritório para receber os turcos, hoje faltou e não me avisou. atravancada no trânsito, ligam-me a dar a bela notícia. apanhei um táxi mal larguei o carro.
e no carro deixei o passe e o telemóvel... bonito.
tento sacar dum cigarro, mas também me esqueci do isqueiro...
só passaram três horas desde que me levantei...
até tenho medo...

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q.b. de q.i.

como é sabido, neste centro de escritórios funciona também uma das maiores agências de castings do país. há enchentes, vagas de gente daquela que nos consegue fazer sentir mais baixos e mais gordos do que o nosso próprio e sádico espelho. outras enchentes há de criancinhas imberbes que nos atropelam no corredor de folha com número na mão. as mães a gritarem hall fora "não te mexas que enrugas a roupinha" ou "deixa-me dar-te um jeitinho no cabelo ptui ptui já está"... e saem e entram e sentam-se e entreolham-se naquele ar altivo as meninas muito compridas e muito fininhas, do alto ainda mais alto dos seus tacões e com a mini-saia pendurada no osso da anca, que o meu patrão já diz "deixem passar dois anos que elas começam a vir nuas aos castings... pouco falta... têm é de vir de saltos altos... isso é que já não descolam dos pés!" bom, nesses dias aceder à casa de banho é um inferno. é que elas enfiam-se lá dentro nos seus exercícios de concentração preferid