sabes quando te revisitas e já não te encontras? não sabes o que fazer de ti contigo. as perdas têm sido valentes, as estocadas mais fundas. pensei que por agora a pele estivesse mais grossa, mas não. pensei que estivesse de pés assentes, mas há força nas pernas. perdi o meu pai. perdi o meu chão. espero por uma fase boa. em que esteja tudo bem, organizado. nem que venha depois outra ventania, mas um pedaço de vida em que tudo esteja no seu lugar. só por um bocadinho. mas não. as peças estão espalhadas, quando começo a arrumar umas, caem ao chão as do outro canto da vida. um empilhar de pratos num tabuleiro demasiado cheio, que não se tem oportunidade de ir despejar à cozinha. até as metáforas me saem avariadas, já. tabuleiros de cozinha é o que me sobra. isto são metáforas, certo? é um padrão, o padrão caótico da minha vida, que tento desenhar em palavras que já não tenho. quero despejar-me aqui mas não sei bem como. os medos continuam, sabias? estão piores, diria, porque...
Comentários
vem o que nós quisermos, mas de preferência que seja a bonança
:)
belo blog, sim senhora!
Se precisares de alguma coisa...
e sabes que podes contar comigo como tambem eu já contei contigo!
Beijo Grande, B.
estranho: já me vais conhecendo... fases lixadas estas, de vez em quando... mas chegar ao trabalho e ver tantos comments, tanto carinho... aquece!
linha recta: tenho dias em que gosto de tempestades. outros em que me sinto diluir...
B: sei, sei... se não fosse isso não andava por cá. beijo apertado ;)
sande: luta... é mesmo isso.