Lisboa, quase 5 da tarde de uma 2ª feira dessas raras: "tire 4 dias e leve 10 de férias".
algures num escritório perto do Príncipe Real, uma janela aberta deixa entrar o calor sufocante em troca de um pouco de circulação de ar. ouvem-se os rugidos dos camiões que páram na estrada, para carregar bolos da padaria em frente. provocam trânsito e buzinadelas. um alarme de carro. outro que passa de janela aberta partilhando com o mundo o seu gosto por Michael Bolton.
a esses, os da EMEL não passam multas.
uma garrafa de água, que se volta a esvaziar pela 4ª vez desde manhã.
um computador ligado, sempre com a janela do tal projecto vital aberta. havia muita pressa, por isso se ficou a trabalhar nele na 6ª até às 7 da tarde. ainda está por rever. não aparece ninguém. o telefone não toca. enquanto não houver aval, não se avança, e não há ninguém para dar o aval. pagamentos só na 4ª feira, novas ordens. se dEUS quiser, quando for a digressão vamo-nos todos vingar de ricos. eles no Brasil a beber caipirinhas com os actores, eu no escritório vazio. é o que se diz à boca pequena, eu espero para ver. mas isso não interessa, não me quero perder em divagações.
onde é que ia?
ah. o computador. ao lado um cinzeiro. 6 beatas. mais os 2 do almoço e o da manhã faz 9. tenho de reduzir. pego no isqueiro. começo amanhã.
um "crostas" manda alguém sodomizar-se. o alguém não devia ter trocos.
do alto da parede a minha única companhia é o romeu... um tipo calado, talvez por ter só duas dimensões. mira-me com olhar sofrido. já não ligo. é rico e famoso. tenho uma peninha...
o telefone está silencioso. no messenger só uma alma penada faz aparecer no cinzento do écrã uma barrinha cor-de-laranja.
arrasta-se... o tempo... pegajoso, quente, devia ser pecado isto. tanto sol para apanhar...
um grito.
- foda-se!um valete!só preciso de um valete!
algures num escritório perto do Príncipe Real, uma janela aberta deixa entrar o calor sufocante em troca de um pouco de circulação de ar. ouvem-se os rugidos dos camiões que páram na estrada, para carregar bolos da padaria em frente. provocam trânsito e buzinadelas. um alarme de carro. outro que passa de janela aberta partilhando com o mundo o seu gosto por Michael Bolton.
a esses, os da EMEL não passam multas.
uma garrafa de água, que se volta a esvaziar pela 4ª vez desde manhã.
um computador ligado, sempre com a janela do tal projecto vital aberta. havia muita pressa, por isso se ficou a trabalhar nele na 6ª até às 7 da tarde. ainda está por rever. não aparece ninguém. o telefone não toca. enquanto não houver aval, não se avança, e não há ninguém para dar o aval. pagamentos só na 4ª feira, novas ordens. se dEUS quiser, quando for a digressão vamo-nos todos vingar de ricos. eles no Brasil a beber caipirinhas com os actores, eu no escritório vazio. é o que se diz à boca pequena, eu espero para ver. mas isso não interessa, não me quero perder em divagações.
onde é que ia?
ah. o computador. ao lado um cinzeiro. 6 beatas. mais os 2 do almoço e o da manhã faz 9. tenho de reduzir. pego no isqueiro. começo amanhã.
um "crostas" manda alguém sodomizar-se. o alguém não devia ter trocos.
do alto da parede a minha única companhia é o romeu... um tipo calado, talvez por ter só duas dimensões. mira-me com olhar sofrido. já não ligo. é rico e famoso. tenho uma peninha...
o telefone está silencioso. no messenger só uma alma penada faz aparecer no cinzento do écrã uma barrinha cor-de-laranja.
arrasta-se... o tempo... pegajoso, quente, devia ser pecado isto. tanto sol para apanhar...
um grito.
- foda-se!um valete!só preciso de um valete!
Comentários
estranho: tu não percebeste! eu NÃO estou de férias. estou a trabalhar. só que não há trabalho. as coisas q havia para fazer estavam pendentes do patrão que não veio! assim, passei um belo dia de praia a grelhar no escritório com a única companhia das paciências e do romeu. e não é uma cruzada anti-EMEL. é uma cruzada anti-Michael Bolton ;)
ni: bora nessa! onde é que assino?