Avançar para o conteúdo principal

fundi o chip

às vezes não sei porquê começo a pensar na vida... como é normal, só pode sair merda, não é?

comecei a pensar muito a sério neste blog. para que é que serve? para nada, basicamente... isto parece os sermões do outro aos peixes... ou uma viagem ao meu umbigo...
estou para aqui com as minhas so-called crónicas de rotina... ou dores crónicas, ou cólicas da rotina...
mas, let's face it... não tenho grande poesia. não sei falar por metáforas. não tenho histórias interessantes para contar. não tenho uma acutilância ou ironia daquelas que dá gosto ler. desisti de saber os nomes dos políticos. não vejo a quinta das celebridades. tenho uma vidinha daquelas que não interessa ao menino Jesus...
é uma vida, como tantas outras.
que contributo presto aqui a quem me lê? sim, tu, ó pessoa...
não presto, não é?

um dia páro de escrever aqui.

Comentários

laura disse…
exactamente o que queres que te seja dito? que há sempre alguém pior que tu? ok, seja: há sempre alguém pior que tu... há duas grandes razões que nos levam a escrever: a felicidade ou a tristeza. diz-me qual é a tua.
polegar disse…
não "quero" que me digam nada de específico. não espero nada. e é isso que me leva a escrever. digo, só.
por isso são nadas o que escrevo.

Mensagens populares deste blogue

sabes quando te revisitas e já não te encontras? não sabes o que fazer de ti contigo. as perdas têm sido valentes, as estocadas mais fundas. pensei que por agora a pele estivesse mais grossa, mas não. pensei que estivesse de pés assentes, mas há força nas pernas. perdi o meu pai. perdi o meu chão. espero por uma fase boa. em que esteja tudo bem, organizado. nem que venha depois outra ventania, mas um pedaço de vida em que tudo esteja no seu lugar. só por um bocadinho. mas não. as peças estão espalhadas, quando começo a arrumar umas, caem ao chão as do outro canto da vida. um empilhar de pratos num tabuleiro demasiado cheio, que não se tem oportunidade de ir despejar à cozinha. até as metáforas me saem avariadas, já. tabuleiros de cozinha é o que me sobra. isto são metáforas, certo? é um padrão, o padrão caótico da minha vida, que tento desenhar em palavras que já não tenho. quero despejar-me aqui mas não sei bem como. os medos continuam, sabias? estão piores, diria, porque...

the producers

there comes a time in your life when you have to stand up straight and scream out loud so that everybody can hear: "Who the hell do I have to fuck to have a chance around here?!" The Producers | Mel Brooks | Drury Lane Theatre | Covent Garden quando ouvi isto, soltei a gargalhada amarga que me acompanha nas ironias da vida. agora já nem consigo rir. estou cansada. não dou o cuzinho e três tostões, mas dou o couro e três tostões. não conta, porra?

reviravoltas

[ms] mais uma para o currículo. descansa. estou cá, para te dar a mão. e um dia ainda nos vamos rir... os dois... entretanto, rimo-nos também, que não há mal que não desista à vista dos dentes desgarrados e das barrigadas de nós os dois. porque eu sei o que vales, quanto vales e como vales. e para cada ingrato, grato e meio. os destinos entrançam-se devagarinho. nada acontece por acaso. há quem consiga aguentar o nó na garganta de mão dada. sabes que quando se fecha uma porta... nem que tenha de rebentar uma janela à pancada... o céu troveja porque não sou só eu que estou revoltada... peito cheio, vem aí o vento... vamos apanhá-lo de velas içadas. vamos apanhar a chuvada de boca aberta ao céu... vou sair agora. vens?