sabes quando te revisitas e já não te encontras? não sabes o que fazer de ti contigo. as perdas têm sido valentes, as estocadas mais fundas. pensei que por agora a pele estivesse mais grossa, mas não. pensei que estivesse de pés assentes, mas há força nas pernas. perdi o meu pai. perdi o meu chão. espero por uma fase boa. em que esteja tudo bem, organizado. nem que venha depois outra ventania, mas um pedaço de vida em que tudo esteja no seu lugar. só por um bocadinho. mas não. as peças estão espalhadas, quando começo a arrumar umas, caem ao chão as do outro canto da vida. um empilhar de pratos num tabuleiro demasiado cheio, que não se tem oportunidade de ir despejar à cozinha. até as metáforas me saem avariadas, já. tabuleiros de cozinha é o que me sobra. isto são metáforas, certo? é um padrão, o padrão caótico da minha vida, que tento desenhar em palavras que já não tenho. quero despejar-me aqui mas não sei bem como. os medos continuam, sabias? estão piores, diria, porque...
Comentários
que é grande e tem espaço para ele.
sorri.
ele ensinou-te muito.
ele vai estar contigo em cada curva, em cada fila, em cada reflexo de condução.
vai estar.
sempre
Ainda recordo as aventuras com o meu boguinhas...
pinky: verdade... grande verdade. e também o espero, porque não tenho tido muita sorte com carros... :)
miak: era assim que me via... de carro velhinho, sempre o mesmo... apesar das despesas das revisões era o meu boguinhas e seria sempre até me cair o motor no colo eheheh
colherzinha: sabes o importante que foi estares por lá... tens sido muito importante, estás comigo nos momentos fortes e sabe bem. obrigada. pelas festinhas, pela conversa e pelo cigarro ao sol à beira do rio :)
n.: ora pois!
macaso: muito especial.
rantas: não substitui. os amores não se substituem. vivem no nosso coração em gavetinhas separadas. umas maiores que outras... umas abertas outras de arquivo... ;)