Avançar para o conteúdo principal

Regresso a casa

Cá estou eu... em casa... O meu trabalho acabou.
Mais uma vez, a descartabilidade ataca... Por muito bom que seja o trabalho de uma pessoa, por mais que um gajo acorde às 6 da manhã e tenha o trabalho feito a horas, por muito que até precisem de mais mãos a trabalhar... Não dá... Até de mulas está a fila do desemprego cheia.
Só queria poder pagar as minhas contas. Para poder "independentizar-me" do ninho familiar.
Não me importo de viver com pouco.
Mas estou naquela altura da vida em que queria ter o meu espaço, as minhas paredes para pintar, os meus cortinados para pendurar.
A família não ajuda... Facto. Agora que dava jeito eu ter um projecto real a que me agarrar, há uma casa a ganhar pó (o único escape a custo 0) que não me facilitam...
E ir morar com uma amiga... não tenho nem terei num futuro próximo capacidade financeira de aguentar uma renda MAIS as contas... Desculpa lá, B.
Bem, fica para uma próxima.
Se calhar vou mesmo esquecer as teatradas e virar menina certinha com uma "desk job career" dos sonhos da minha mãe... Se bem que até agora, só me estou a ver com carreira a fazer unhas de gel...

Comentários

Anónimo disse…
imagina, então, veres todos os teus projectos desfeitos. e não ter sequer uma casa. e não ter modo algum de pagar uma renda sozinha. e não ter uma amiga que queira morar connosco. dói.

Mensagens populares deste blogue

q.b. de q.i.

como é sabido, neste centro de escritórios funciona também uma das maiores agências de castings do país. há enchentes, vagas de gente daquela que nos consegue fazer sentir mais baixos e mais gordos do que o nosso próprio e sádico espelho. outras enchentes há de criancinhas imberbes que nos atropelam no corredor de folha com número na mão. as mães a gritarem hall fora "não te mexas que enrugas a roupinha" ou "deixa-me dar-te um jeitinho no cabelo ptui ptui já está"... e saem e entram e sentam-se e entreolham-se naquele ar altivo as meninas muito compridas e muito fininhas, do alto ainda mais alto dos seus tacões e com a mini-saia pendurada no osso da anca, que o meu patrão já diz "deixem passar dois anos que elas começam a vir nuas aos castings... pouco falta... têm é de vir de saltos altos... isso é que já não descolam dos pés!" bom, nesses dias aceder à casa de banho é um inferno. é que elas enfiam-se lá dentro nos seus exercícios de concentração preferid

the producers

there comes a time in your life when you have to stand up straight and scream out loud so that everybody can hear: "Who the hell do I have to fuck to have a chance around here?!" The Producers | Mel Brooks | Drury Lane Theatre | Covent Garden quando ouvi isto, soltei a gargalhada amarga que me acompanha nas ironias da vida. agora já nem consigo rir. estou cansada. não dou o cuzinho e três tostões, mas dou o couro e três tostões. não conta, porra?

reviravoltas

[ms] mais uma para o currículo. descansa. estou cá, para te dar a mão. e um dia ainda nos vamos rir... os dois... entretanto, rimo-nos também, que não há mal que não desista à vista dos dentes desgarrados e das barrigadas de nós os dois. porque eu sei o que vales, quanto vales e como vales. e para cada ingrato, grato e meio. os destinos entrançam-se devagarinho. nada acontece por acaso. há quem consiga aguentar o nó na garganta de mão dada. sabes que quando se fecha uma porta... nem que tenha de rebentar uma janela à pancada... o céu troveja porque não sou só eu que estou revoltada... peito cheio, vem aí o vento... vamos apanhá-lo de velas içadas. vamos apanhar a chuvada de boca aberta ao céu... vou sair agora. vens?