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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2005

inocencia...?

acredito em cada um. e que muitos são mais e melhores. e que todos podem ser mais e melhores. acredito no caminho. acredito no objectivo. acredito na vontade. acredito nisto porque preciso de acreditar. acredito demais.

imac-ginem esta!

os homens, no geral, são umas crianças grandes. depois dá nisto: estou neste momento a tentar descobrir o admirável mundo novo do enorme IMAC que tenho à minha frente, muito bonitinho e branquinho (estas teclas vão ficar pretas num instante)... vai uma pessoa três dias de folga e regressa para dar de caras com isto... ora o senhor patrão Porthos há uns dias resolveu que precisávamos de um computador novo, de preferência um Macintosh por causa dos vírus. enquanto que para pagar as contas temos de esperar meses até que nos cortem o telefone e ele se resolva a fazer os pagamentos, neste caso o menino quis porque quis ir buscar o brinquedo novo... imediatamente. meu dito, meu feito: fala-se em ter computador novo na 3ª, na 4ª faço os backups, na 2ª chego ao escritório e que é do meu querido velhinho lento e pacholas PC? que eu demorei 2 meses a conhecer de trás para a frente e do avesso para o direito? cujo sistema operativo é o único que conheço desde que comecei a dar os primeiros passos

torre

subo as escadas de madeira e chego ao topo da torre de marfim, de onde olho o mundo nesta última janela. telhados e copas de árvores. nada mais. entre tantos pássaros escolho um onde me escondo. peço-lhe que mande um recado ao mundo. um dia falei a alguém de torres de marfim. e de um grito que partiria a redoma de vidro. há pouco tempo acordei numa cascata onde misturei no doce o salgado das lágrimas e me lavei da tristeza. não espero mais, agora. posso abrir a porta. o cadeado estava congelado com o choro frio nas noites longas de luzes veladas. bastou um toque e partiu. a espera do toque é que travou a vida. será recuperável?

não explodi...

apenas estarei de folga três dias para ver se acabo o resto das "férias" que me tiraram. obviamente que surgem sempre coisas para fazer e descansar é mentira... ontem fui com a B. comprar sapatos para as personagens... assim que voltar ao bulício do Príncipe Real prometo inserir as fotos da nossa expedição imperdível... as coisas que se descobrem quando andamos às pechinchas nas lojas da Baixa... considerámos repensar algumas personagens para incluir alguns do apetrechos que nos foram aparecendo pela frente... ainda estou a considerar aquele fato de cabedal com correntes para a sensual Ana... vou também aproveitar para actualizar o meu projecto de thumbwork ... não está esquecido, caros leitores d'A Palavra deste Blog... ;) entretanto, ontem houve Gift, conforme planeado há uns meses ... ombros e cabeças à discrição. mas aquele som, aquelas batidas a entrarem dentro de mim... obrigada a quem arranjou maneira de acabar o ensaio mais cedo. apesar de quase 1 hora à procura d

onde tá?

fiz um refresh no blog e eis senão quando percebo que a minha side bar não está presente! alguém a viu? deve ter fugido, coitadinha, afugentada pelo cheiro a cola que se espalha nos corredores deste multicentro de escritórios, onde estão a haver obras. se há pouco gostei de sentir o cheirinho quando entrei, agora já me arde o nariz... ... esperem lá... e se o desaparecimento da side bar tiver a ver com o facto de eu ter inalado estes vapores e já não estar a ver a direito...?

colorida de fresco

a nossa casinha é de cores frescas, pistachio e tangerina. altamente comestível, doce e salgado. a aventura no reino dos sofás, puffs e cadeirões começou na fila da segunda circular, na antecipação do que "dava jeito"..."dava jeito, e depois nunca se sabe!" quando nos deram mais uma vez carta branca para subir e escolher à vontade, (muitos anos que passemos a ir lá, ficaremos sempre atónitos), entrámos no reino das "linhas", do "tem a ver com a personagem", no "encaixa", no "preenche demasiado espaço visual", no "olha pra mim toda boa a dar consultas" e no "este ficava bem era na minha sala"... de repente, tínhamos uns quantos selccionados, e portanto havia que proceder a eliminações. ora assentando o rabiosque nos mais variados tecidos e formatos, procedemos aos test drives e combinações de formas e cores, e as possibilidades foram-se estreitando. no final, foi fazer o pandã das cores para "equilibrar

próxima estação: cenário

off we go, to furnitureland! vamos pegar na carrinha escamocada, encaixar-nos nos lugares da frente, e, depois de um dia inteiro de trabalho, debaixo deste calor peganhento, fazer a ronda da mobília para a nossa casa encantada. déjà-vu. ele vai ser escolher e embalar os mais diversos formatos de sofás, cadeirões, puffs... carregá-los para a carrinha e da carrinha para o teatro onde estamos a ensaiar. a sorte que é encontrar lojas que vendem mobília de contos e contos de reis mas que praticam O Bem, emprestando o material de exposição aos pobres artistas que não conseguiram uma borla da Tribo... "Azioni, sofás com um toque de classe" obrigada! para a semana, apanhamos o resto da tralha e levamos tudo para a morada fixa, o Auditório Carlos Paredes. e vamos remontar tudo, reviver cada pedaço de madeira, cada cheiro de tinta, cada marca nos lençóis brancos que não saiu depois de 3 lavagens. ainda soam na minha cabeça as marteladas, a lixa a raspar na madeira, as risadas e as disc

pessoas

gosto de pessoas. sempre o disse. gosto dos seus rostos, expressões, histórias, estórias, e pequenos sorrisos que surgem do nada. gosto de ter surpresas. gosto de ser ombro e que surjam do nada gestos engraçados. acho que seria uma boa profiler e já me atestaram qualidades como psicóloga. gosto de imaginar, no metro, quem será aquele desconhecido, de onde vem, para onde vai, porque é que coça a cabeça assim. adoro brincar com tipões. apesar de saber que cada indivíduo é único, as caricaturas apaixonam-me. no entanto, todos têm defeitos, todos a certa altura desiludem. acredito piamente na mudança, na regeneração. dou sempre segunda, terceira hipóteses. nunca fecho portas. apesar disso, há pequenas desilusões diárias que me magoam às vezes mais que as grandes. não sei como explicar. as pessoas falham redondamente nos seus objectivos, na sua maneira de ser até, talvez porque não contam com a teoria do caos, com os factores externos, porque estão demasiado certas das suas virtudes e verda

adenda

contando comigo, são 4 gajas a habitar-me o corpo e a mente... senhores, imaginem o galinheiro! imaginem como não é quando se avizinha a TPM!

ela

ela é indescritível em palavras ou metáforas. ela não consegue ser pintada de mulher, porque tem pouco de real. ela é tão bonita como só os anjos e as fadas. por isso ela é etérea, volátil e deliciosa. ela tem de menina o beicinho e de mulher o olhar provocante. ela está sempre bem disposta.ela é o sorriso guloso, o olhar divertido, o brilho comprometedor de uma vela solitária. ela desliza nos lençóis brancos entre a dança e o desejo. porque ela é a languidez dos lençóis quentes num dia de chuva. mas também a sofreguidão do querer. ela é a sensação de beijos doces, do abraço interminável. e ela salta nessa cama e brinca sem pudores, em roupa interior que revela a pele nua. ela apetece. ela são cabelos compridos espalhados na almofada e uma silhueta feminina em contra-luz, espalhando nas palavras a brisa da janela aberta. ela disserta sobre homens e mulheres como se não fosse nenhum deles. ela é impulso. ela é pele na pele dele. é a vida do amor soprado em golfadas mornas preenchent

moinho de vento

voei por entre verdes e cinzas e riscas brancas. cheguei lá e o coração levou-me ao topo do monte. onde fui menina e apanhava amoras e fazia de canas os meus cavalos de pau e esfolava joelhos e, bebé ainda, brincava numa banheira insuflável com caixas de colgate. com uma baía como cenário, mato cerrado à volta e bancos de areia, onde rebolei. onde comia as bolas de berlim na praia. sentei-me na mó e voltei a ver o meu pai de faca do mato à cintura, a desbravar o caminho no primeiro dia de férias. e a minha mãe de caracóis pretos a ondular ao vento. a minha avó comigo ao colo. e o velhinho Bugui a dormir à sombra da mesa de pedra onde comíamos as saladas de atum num tupperware, quando não havia mais dinheiro que o suficiente. quando não havia mais que tantos, tantos sorrisos. agora está fechado, mas sei que sei voltar. e sei que aquelas paredes foram brancas, as janelas estavam abertas, cheirava a mar, pinheiros, eucaliptos e doce de amora e ainda lá deve estar a minha cama de bebé no

V., para ti

apesar de ter andado a falar de pessoas-personagens, que vivem em mim e numa caixa gigante com um quarto iluminado por holofotes e esperança de vida de hora e meia, hoje vou falar de uma pessoa-pessoa. V. era a beta que me irritava nos primeiros tempos da faculdade. mas estávamos sempre juntos, todos, naquele grupo heterogéneo de gente que vinha da mesma zona e apanhava o mesmo metro das 7 da manhã. e, apesar das diferenças, da fase da vida por que eu estava a passar, a V. entranhou-se em mim. devagar. a V. mudou e eu mudei, somos assim, gente, pessoas, e a formação da personalidade é diária. e assim nos entranhámos uma na outra, fugindo das aulas para jogar matraquilhos, indo para o café fumar os primeiros cigarros ás claras, gozando com o "Manel" e partilhando ideiais de esquerda fomentados ainda mais pela faculdade reaccionária onde aprendemos as teorias todas de livros anteriores (obviamente) a 1974. a V. já não é beta e eu já não uso sempre calças de ganga... agora eu ta

esta juventude...

o encontro de afinidades moderno já ultrapassou largamente o "não me digas que também frequentaste essa piscina nessa altura?!" ou "não acredito: também andaste nessa faculdade?!" ou até "também tens pancada por esse filme?" hoje em dia é mais intenso, mais arrebatado, mais fashion, mais trendy, mais... tudo: "não me digas que também tens ataques de ansiedade ?!" caros amigos e leitores e seguidores fiéis d'A Palavra deste blog: conheçam a praga do século XXI!

rita

rita é menina. menina-mulher. rita ama ferozmente, com a candura da primeira vez. põe em pedestal e acredita de braços abertos, alma estendida ao sol a secar. rita veste-se de azul, o azul da sua inocência, dos céus brilhantes que adivinham um novo dia. rita tem sapatos macios, perto das sapatilhas das bailarinas e das pantufas confortáveis. rita usa rabo de cavalo desprendido. rita faz beicinho, finge a dor que finge fingir. porque acredita, a rita, na vida e no seu amor. e o resto vai passado, bem disposto. rita é mulher, mas deixa-se ficar menina porque assim é mais bonita que a rita-mulher para o homem da sua vida. rita tem a voz fina, afinada e doce. rita não diz palavrões. rita faz a cama todos os dias, lava a loiça e sorri ao fim do dia. rita queria ser psicóloga. mas nos corredores da faculdade encontrou outro destino. que lhe trará entre sorrisos e beijos soltos no ar uma rita-mulher. rita costura as suas prendas com as mãos pequenas cheias de sorrisos que espera encontrar do

último cigarro antes de fugir

sentou-se. meia Lisboa já gravada nas solas dos sapatos, à hora quente do suor incontrolado. era o último cigarro antes de fugir. para lado nenhum. mas podia sair daquele abafado. das paredes brancas e da nudez da alcatifa, tão solitária como o Romeu triste do cartaz. os recados estavam feitos, e já conhecia os tempos biológicos da menstruação da senhora da segurança social que ia de férias nessa tarde. até lhe preencheu o formulário cheia de boa vontade, para que a tinta da bic cristal lhe levasse mais uns segundos ao relógio. depois lembrou a menina do metro de olhos cheios de lágrimas sonolentas que fixara, até ser vencida pelo João Pestana, as suas unhas dos pés pintadas do laranja quente do sol lá fora. e a senhora dos brinquedos de lata que, fechada na loja vazia - porque cara - desarrumara a montra para cima do balcão só para poder conversar mais um pouco, só para ver um sorriso desconhecido e interessado por um bocado. toda a gente à espera que o tempo passe para chegar a algo.

lamechas

ela estava feita princesa, vestida de nuvens. ele muito nervoso não parava de falar. ele é trapalhão, mas até acedeu dançar. foi um momento bonito, muito bonito. hoje estou lamechas. processem-me.

ana

ana é psicóloga, e está nos vintes e uns trocos. ana veste de preto. ana ouve jazz. ana anda sempre de saltos altos. ana fuma muito. ana usa óculos. pretos. ana passa os dias sentada no seu consultório, em casa, a ouvir as tristezas dos outros. ana passa os dias a ver a felicidade ao alcance de uma palavra, um gesto, de uns. e a ouvir os estonteamentos de outros, perdidos, completamente perdidos. ana ouve. ana analisa. ana pergunta e disseca. ana receita-lhes esperanças e prozacs, na sua caligrafia angulosa que criei só para ela. ana é prática. ana é calmamente explosiva. ana hostiliza o paciente que não é paciente, é só chato, grunho e egocêntrico. e, para ele, a sua receita é um "deixe-se de merdas". porque ele pode não gostar de jazz, pode não comer sushi nem saber o que é a DKNY, mas tem a sua vidinha. vá vivê-la. ele pode. ana é sensual. ana é volátil. ana tem andar felino. olhar inteligente. irónico. poderoso. luxurioso. e poucos reparam que triste. porque ana é uma caç

isso é...

quando o patrão nos liga a meio das férias a dizer que se lembrou que quer mandar duas curtas a concurso... quando até vamos fazer o jeito de interromper as férias para dar uma mão e descobrimos que uma das curtas tem um argumento daqueles que mete medo ao susto... quando o tal argumento tem tantos erros de português que se passa mais tempo a corrigi-los e a sentir vergonha alheia do que a escrever textos para o projecto... quando o autor escreve "abajur", "fallow spot", "flashadas" e "vou prosseguir em procura da busca de..." quando na dissertação técnica sobre o projecto, o senhor usa pontos de exclamação como se tivesse descoberto a pólvora... quando não compreendemos o que passa na cabeça de um pseudo-realizador, pseudo-freak quando escreve diálogos em que se disserta sobre o amor das putas com uma psicóloga... quando a protagonista do tal guião é "de formas generosas, lábios sensuais e misteriosa, com uma grande paixão pelo jogo da sedu

template

um dia perguntaram-me porque é que o meu blog era preto. se tinha tanta vida, disseram. se os textos foram aos poucos ganhando cores novas. olha, não sei...

tatuagem

não existes na pele, porque os dedos que te marcaram fundo ainda não te desenharam. não a cores, não a preto e branco, não ainda. esperas no papel a materialização da aliança. com a noite. com a vida. com o brilho forte de um ser que me penetrou e encantou. sinto a volta, a curva perfeita que hás-de descrever em mim. como descreves em mim de cada vez que surges nua, exposta, suave e intensa, dançando fulgores e sonhos de criança de olhos postos em ti. serás em mim o traço fino definido há tanto tempo, agora revelado. do preto para o branco, volta ao preto na pele dourada. fundimo-nos em longos raios de serenidade para explodirmos na loucura. ninguém te conhece. ninguém me conhece. assim não. somos mulher. não tenho mistérios e melancolias tuas. tenho as minhas. e quero um pouco do teu brilho. do teu enigma. ainda, no caderno preto, à tua espera. à espera que entres em mim. serás assim no dia que marcar o dia que marcar a minha pele. aguardo o momento certo, sem pressas. agora já não. c

teaser #3

[de gajos, gajas e sinais...] Francisco - Ligou-te e quer jantar contigo... Só falta pôr um outdoor daqueles bem grandes que cobrem os prédios! Marques - Que é que queres dizer com isso! Francisco - Ela quer voltar para ti, pá! Marques - Chico... Nós estivemos casados 4 anos, 2 dos quais foram passados a preparar um divórcio doloroso, que já passou e estamos bem assim muito obrigado, há um ano e uns trocos... ...Próxima pergunta se faz favor! Francisco - Estará ela interessada? É ela que te telefona, é ela que marca a data... só falta ser ela a pagar! Marques - Dava jeito! Francisco - Dava jeito... e depois nunca se sabe! Marques - ...Ela quer é amizade. Francisco - Ela está a dar sinais!... Isso significa que ela quer alguma coisa! Marques - Porra! Não me venhas com essa agora dos sinais!... Se as mulheres querem uma coisa, que peçam essa coisa!... Francisco - E estás à espera de quê? De um pedido formal autenticado pelo notário? Ela marca um jantar romântico e... Marques - Ela quer i

entre letras...

... me perco, sem nexos aparentes. não interessa. gosto de palavras. gosto da palavra "palavra". os lábios tocam-se ao de leve. desliza na língua e brinca na saliva. outras duas palavras bonitas. "bonita" é bonita porque se mastiga e degusta. os arrepios dos cantos ao ouvido, sempre entre sussurros quentes, perdem-se-me e fazem-me levar os dedos ao pescoço. é pele, e "pele" também se saboreia. a palavra e o sentir. gosto de sabores. dos doces. sou gulosa e gosto de coisas gulosas. gosto de palavras e doces, salpicados de canela. e gosto de maçã, e morango. gosto de como ondula: mo-ran-go. o "g" também é guloso, toca no fundo da boca. gosto de tocar com a língua no céu. da boca e do mundo. e gosto de enfiar-me por desconexos momentos onde me enrolo e enrolo os cabelos. como a língua a falar francês. e o ressoar do ar nas cordas. podiam ser violinos. ou um piano. é som. é, sim. é a pequena brisa, o pequeno vento ("vennnnto") privativo que

teaser #2

[pillow talk] Ela dá um pulinho infantil em cima da cama, meio elétrica e dispara uma exigência: Ela- Quero um elogio! Ele-Hã? Ela- Agora! Rápido... Ele- (enrascado, improvisa) Errr... "És tão bonita... cheiras a hortelã... gosto tanto de ti... hã..." Ela - (risos) Que merda é essa? Ele - Opá, foi o que saiu... Ela- Vá lá, a sério. Usa a cabeça... Ele-...E és lindíssima e tens umas belas mam... Ela- A-ou-tra-ca-be-ça! Ele- Ok! Ok!... Espera, Espera... Ela- Siiiiim? Ele- (compasso de espera) Ok! Tu és tão bela, tão importante e tão magnífica... tão preciosa para mim... que algo de muito chato está para acontecer na minha vida... Sax - 4 actores, 12 personagens, uma cama . De 7 de Setembro a 1 de Outubro, de 4ª a Sábado, Auditório Carlos Paredes.

humor de padre

- o marido tem de ser sempre correcto e respeitoso com a esposa, não pode pôr e dispôr. desengana-te, meu caro, porque tens de te lembrar: Deus é teu pai, e é também pai dela, o que faz dele teu sogro... e com os sogros há sempre que ter cuidado...

thumbwork

anda a circular um desafio na blogosfera a que achei imensa piada. Think of 3 pictures you'd like to see. Things around my house or whatever... something I can take a picture of easily. Once I have enough requests, I'll start posting them. If I can't or won't take a picture of something you've requested, I'll let you know. tendo em conta que tenho algum tempo extra em mãos, venham os pedidos. ah, mas olhem o nível :P

too darn hot

escrevo isto no computador de casa, num sótão forrado a madeira onde não circula... nada. só o suor que teima em encharcar-me e faz-me perguntar para que é que tomei banho hoje. mas a questão não é o calor. esse vem com o verão. ontem saí dos ensaios no meio de uma neblina espessa e sufocante. não trazia aquela humidade que, em movimento, refresca. era escura e estava por toda a cidade. por toda a auto-estrada. pela minha localidade e sabe-se lá por que outras zonas. quando abri a porta de casa, ardiam-me os olhos, as narinas. o cheiro de terra perdida, morta, ainda quente esteve por toda a viagem. não vi chamas, brilhos incandescentes... mas estavam presentes pelos 30 km que percorri. hoje está nublado por aqui. mas é a tal película de fumo feia, baça. e o cheiro mantém-se. já há 3 casas per capita, não é o que dizem? já temos as aldeias descaracterizadas, as cidades cheias de casas vazias, algumas pejadas de prédios vazios para venda há anos... é o caso de uns à entrada da minha te

clac clac

enquanto escrevo no teclado, as minhas unhas novas fazem aquele barulhinho esquisito, clac clac... tenho umas unhas novas... apoio para o Sax... tempo houve que eu fazia unhas de gel. pois... era técnica de unhas... para muitos (os meus pais incluídos "tens tu um curso para isso!") é um trabalho menor... uma manicure. ontem revivi os movimentos, as dores, os cheiros, e as emoções que nunca passam para quem está de mão estendida. tem de haver jeito de mãos, noção da individualidade de cada um, de cada formato, de cada curva, defeito transformado em feitio. é de dores e traumas musculares que é feito. horas seguidas sentada, as clientes a perguntarem se não dá para dar um jeitinho sem marcação "é só aqui esta unha", "é só pintar", sem terem noção de que estamos ali muito tempo, mão nova, unha nova, cola, corta, lima, esculpe, pinta, rebrilha. é um trabalho quase artístico. lida com a auto-estima das pessoas. lida com pessoas. é um trabalho que depende sempr

dog battle in strangerland

há dias o Estranho fez um post para mim ... desafiando-me... aceitei o desafio... e saiu isto: (não resisti a publicar) " - Desculpa lá, Polegar... ...mas o meu cão (PUKI) é mais preguiçoso do que a tua cadela !" - Polegar said... ehehhe agora quanto a nós (arregaça as mangas, esfrega as mãos, estala os nós dos dedos)... a minha cadela não se levanta, arrasta-se a minha cadela não se baba, deixa descair as bochechas até ao chão. a minha cadela mexe-se 10 minutos por dia: vai até à porta, sai para o jardim, e deita-se à porta do lado de fora... a minha cadela não corre, dá dois passos e senta-se I could be here the whole day... beat that! - O Estranho said... Ai é assim?! (franze o sobrolho e estala o pescoço) O meu cão, quando quer entrar em casa, começa a ganir, deitado, a partir do cesto onde dorme Quando lhe oferecemos um petisco, temos de o ir levar até ao dito cesto porque ele não se levanta Passa a tarde toda a dormir no fresco da sala e levanta-se de hora em hora par

estava a pedi-las...

... e pronto, vou tê-las. como pessoa abençoada pela Lei de Murphy (Ámen, Áwoman, Ágay), agora, que estou em ensaios e não posso ir a lado nenhum, vou ter 10 dias de férias. começam daqui a... 10 minutos... ainda por cima sabendo que o meu tio querido, lá no outro lado, no sul de Espanha, comprou o trespasse de uma gelataria... o que eu não dava por una agua cebada en aquel pueblo perdido de Hondon de las Nieves, con mi primita , e depois fugir para as águas quentes de Arenales... a dor... como não posso ir a lado nenhum e eu gosto é de berbicachos, vou aproveitar para dar uma mão à B na produção do Sax. e vou poder dormir... e ir sem olheiras ao abençoado casamento maná. ao menos isso, não é? ah! não pensem que se livram de mim... vou andar por aí na mesma, senão entro em descompensação.

teaser

[ post-it João - Minha Querida Futura Esposa, há coisas que tens de me explicar: Porque raio é que eu nunca consigo falar contigo quando quero e porque raio é que eu estou a olhar para uma lista de tarefas que mais parece as exigências da AL-QAEDA: “Querido, limpa a casa. Querido, vai às compras. Querido, põe o lixo..." O jantar em casa do Mário é às Oito, e como hoje é Domingo, e tu sais do trabalho quando quiseres, vais fazer tu esta merda TODA! ...”Querido, os meus sapatos estão no sapateiro, vais buscá-los?!” Claro, minha rainha! E quando chegares a casa estarei algemado na cama com chantilly nos mamilos, ansiando pelo estalar do teu chicote! Vou à BOLA! ... Amo-te... João volta a olhar para o post-it... João - ...pronto, pronto... ...vamos buscar o vestido da menina, vamos buscar o vestido da menina!] [SAX - 4 actores, 12 personagens, uma cama... estreia a 7 de Setembro no Auditório Carlos Paredes, Benfica] um novo espaço no Polegadas. vou aproveitar-me descaradamente dos

Castro pela Cê D~eê... bolas... leiam!

fui intimada "porque no teu blog falas sempre de tudo, porque é que não hás-de falar disso?!?!?!" a dar a minha opinião sobre "Pedro e Inês, talvez..." pela Cê Dê Cê (ai a guerra que foi com o teclado para escrever isto) - Companhia de Dança Contemporânea de Alcobaça, a que assisti na 6ª feira. ... pronto, tá bem... fui tansa: cheguei meia hora atrasada porque alguém no seu mail me disse que era às 21:30. mas pronto, devia ter confirmado... quando cheguei, a D. Constança rebolava no chão indo ter com o D. Pedro cheia das vontades, mas ele dava-lhe um encontrão que a mandava para trás porque queria era rebolar com a D. Inês. até aqui tudo bem. o grande problema do Bailado, seja clássico ou contemporâneo, é que tem um linguagem que necessita de habituação. com a ausência das palavras, a única ajuda é da música e da expressão dos intérpretes. nem sempre é fácil. se comprarmos os programas (caros...!) ajuda muito. se não, apreciamos muitas vezes apenas a beleza estétic