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ah cão!

acordo cedinho, que a vida não está para menos. saio a correr porque quero estar cedo na paragem do autocarro. o autocarro chega 15 minutos depois da hora, por causa do trânsito. por causa de se ter atrasado foi apanhando o dobro das pessoas pelas paragens. chega à da minha terrinha (que é a última antes da autoestrada) e "só entram 5 pessoas, peço desculpa". tuuudo bem. espero mais um cigarro, chega a outra camioneta, vazia, claro. chego a Lisboa. apanho o metro. o meu carro está pronto, tenho de o ir buscar ao Areeiro. chego lá. ainda apanho um pedaço de conversa: "e depois ela foi a um desses médicos naturais..." "naturalista." "sim, isso". pago pouco, parece que foi só um fusível. saio contentinha. na 2ª circular o carro pára. outra vez. não, outra vez não... ligo para a oficina, pergunto se é para os apanhados. mandam lá um senhor (por sinal num carro de um cliente, com os plásticos no assento). ele troca o fusível e segue-me de volta à oficina. armo outro escabeche, eles que nem pensem cobrar arranjo nenhum, deviam ter-se lembrado de ver qual era o motivo de os fusíveis rebentarem antes. lá baixa os olhos e escreve "reclamação". saio a fumegar. o pequeno almoço já desceu há horas, mas estou atrasada. metro. Martim Moniz. subo as escadinhas de calçada com laranjeiras e desço a rua. aceno ao dono do cafézinho, mas hoje não dá para segundo pequeno-almoço, de bica e bolinho de manteiga. subo as escadas do prédio. ligo o computador, escancaro a janela. cheguei...

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take me away

uma música triste de Silence 4, uma balada doce de Lifehouse... o estado de espírito desta quarta feira. vou-me embora. por alguns dias, vou-me alhear do mundo. desta vez a redoma é minha. pegar no carro e ir. fazer-me à estrada. com destino marcado a vermelho no mapa, para uma despedida em grande. depois, logo se vê. vou poder descansar. a cabeça [das ansiedades], a máquina [que anda outra vez aos saltos], o corpo [fraco e dorido]. mas acima de tudo, vou poder ser. sorrir quando realmente me apetecer. chorar se e quando me apetecer. vai ser um fim de semana prolongado de apetecimentos.

o duende feliz

não, não é nenhum post acerca do nosso amigo linkado aqui ao lado, esse mestre dos contos e das fantasias... se bem que merecia... é que recebi uma prendinha de Natal e pude voltar às dobragens... algures nesta quadra [ergh, detesto esta palavra] passará na TVI o filme de animação "O Duende Feliz", ou "The Happy Elf". a Molly sou eu. [não tem que enganar é a miúda cuja primeira cena se passa a apedrejar o dito Duende, o Eubie... eheheheh] e também sou eu [kind of] que abro o filme, com a Irmã... esta não tem nome próprio, mas é a ela e ao irmão [que ela entretanto transformou em árvore de Natal à pancada] que se vai contar a história do Duende. sim, sim, calharam-me as miúdas reguilas e ainda por cima as duas dentro da mesma faixa etária... e agora fazer duas vozes distintas...? seria cantado pelo Harry Connick Jr. [essa maravilhosa voz que me persegue com a banda sonora de When Harry Met Sally] mas agora deve ser o Quim Bé a cantar... também não está mal... tu, jov

q.b. de q.i.

como é sabido, neste centro de escritórios funciona também uma das maiores agências de castings do país. há enchentes, vagas de gente daquela que nos consegue fazer sentir mais baixos e mais gordos do que o nosso próprio e sádico espelho. outras enchentes há de criancinhas imberbes que nos atropelam no corredor de folha com número na mão. as mães a gritarem hall fora "não te mexas que enrugas a roupinha" ou "deixa-me dar-te um jeitinho no cabelo ptui ptui já está"... e saem e entram e sentam-se e entreolham-se naquele ar altivo as meninas muito compridas e muito fininhas, do alto ainda mais alto dos seus tacões e com a mini-saia pendurada no osso da anca, que o meu patrão já diz "deixem passar dois anos que elas começam a vir nuas aos castings... pouco falta... têm é de vir de saltos altos... isso é que já não descolam dos pés!" bom, nesses dias aceder à casa de banho é um inferno. é que elas enfiam-se lá dentro nos seus exercícios de concentração preferid