neste momento começo a habituar-me à solidão.
com o computador e um maço de cigarros por companhia, e a rádio online ligada quando o modem está bem disposto e deixa que me cantem sem soluços.
ninguém põe os pés no escritório. da minha parte, também a vontade de trabalhar é pouca... só cá estou mesmo porque preciso. muito.
assim devagarinho já lá vai um mês. continuo a habituar-me a uma nova forma de desorganização. as minhas gavetas continuam vazias. à espera de tempo e dinheiro para as preencher.
no entanto, tenho uma nova companhia: um vaso de pequenas flores cor de laranja.
sempre gostei de flores. gosto tanto delas que não queria saber que por esquecimento meu (que eu sou cabeça no ar) acabariam por morrer de sede, sombra ou insolação... por isso nunca tive.
diz-se que primeiro estranha-se e depois entranha-se. até agora, tenho-as regado sempre, subo o cortinado para apanharem luz, desço o cortinado se o sol lhes bate de frente. parecem bem dispostas, todas bem abertas, e com muitos botõezinhos novos.
são de uma cor que agora não prescindo. dá energia e boa disposição, e isso quer-se aos quilos.
e olho em volta, neste espaço grande e renovado, de paredes brancas e mupis pendurados. 3 secretárias vazias e eu. os velhinhos Aerosmith perguntam "how high can you fly with broken wings".
miro as florinhas solitárias ao pé da janela.
o sol resolveu brilhar por um bocadinho. vou ali ao pé delas ver se aqueço. se faço a fotossíntese. se me preenchem de cor-de-laranja.
com o computador e um maço de cigarros por companhia, e a rádio online ligada quando o modem está bem disposto e deixa que me cantem sem soluços.
ninguém põe os pés no escritório. da minha parte, também a vontade de trabalhar é pouca... só cá estou mesmo porque preciso. muito.
assim devagarinho já lá vai um mês. continuo a habituar-me a uma nova forma de desorganização. as minhas gavetas continuam vazias. à espera de tempo e dinheiro para as preencher.
no entanto, tenho uma nova companhia: um vaso de pequenas flores cor de laranja.
sempre gostei de flores. gosto tanto delas que não queria saber que por esquecimento meu (que eu sou cabeça no ar) acabariam por morrer de sede, sombra ou insolação... por isso nunca tive.
diz-se que primeiro estranha-se e depois entranha-se. até agora, tenho-as regado sempre, subo o cortinado para apanharem luz, desço o cortinado se o sol lhes bate de frente. parecem bem dispostas, todas bem abertas, e com muitos botõezinhos novos.
são de uma cor que agora não prescindo. dá energia e boa disposição, e isso quer-se aos quilos.
e olho em volta, neste espaço grande e renovado, de paredes brancas e mupis pendurados. 3 secretárias vazias e eu. os velhinhos Aerosmith perguntam "how high can you fly with broken wings".
miro as florinhas solitárias ao pé da janela.
o sol resolveu brilhar por um bocadinho. vou ali ao pé delas ver se aqueço. se faço a fotossíntese. se me preenchem de cor-de-laranja.
Comentários