uma banda sonora sugerida para um post...
recordar algo que não recordo bem.
recordar uma viagem, duas vidas vazias e um encontro. mudou alguma coisa? isso fica para ponderar. mas acaba com um sorriso, não é?
numa capital cheia de luzes e movimento é estranhamente fácil o reconhecimento de duas solidões. num hotel luxuoso, num bar de meias luzes e glamours falsos. brilho. imagens cheias de brilho. e a tristeza infindável em dois pares de olhos. parecem sem rumo, apesar de trazerem agendas definidas. nem que o sejam por espaços em branco.
quando uma cidade grande se torna tão claustrofóbica e sufocante. e com tantos pontos de atenção que o olhar desfoca e não encontra um ponto certo. um porto de abrigo.
até encontrar. surpreendentemente, encontra-se noutro vazio. noutro desespero disfarçado.
não há histórias paralelas nesta história. encontros ou desencontros. aliás, já não se espera nada. apenas se vive um presente estranhamente familiar. estranhamente coincidente. estranhamente simples. com tanto lugar no mundo, o encontro de dois vazios é no meio do tal outro vazio cheio de brilhos, músicas, lantejoulas e neons.
e então faz-se realmente luz. nos olhos e nas almas. e não é preciso cenários fabulosos. não era preciso o destino exótico e cosmopolita. ou era?
falar de amor ou atracção. falar de destino ou coincidências. falar de viagens luxuosas. falar do que é cosmopolita ou charmoso, ou do fútil. falar de estilos de vida alternativos, do consumo, da imitação, dos ideiais estéticos. falar da loucura ou do desespero. falar do impulso ou do juízo de valores. falar de quando se perde o controlo ou simplesmente se deixa correr. falar de desejo e de intenção.
falar da simplicidade de um roçar de rostos, de uma troca de olhares, da sensualidade de uma pele, do fogo de um passeio à chuva, da embriaguez de uma porta aberta, de um intenso proteger aconchegante na cama, [tão] mais íntimo que o "será" do sexo. da simples simplicidade no meio da confusão. de quando tudo pára sem nada parar à volta.
tudo perdido em traduções. só sabemos que acaba com um sorriso.
para a V.
para Lost in Translation
não sei porquê. apeteceu-me.
recordar algo que não recordo bem.
recordar uma viagem, duas vidas vazias e um encontro. mudou alguma coisa? isso fica para ponderar. mas acaba com um sorriso, não é?
numa capital cheia de luzes e movimento é estranhamente fácil o reconhecimento de duas solidões. num hotel luxuoso, num bar de meias luzes e glamours falsos. brilho. imagens cheias de brilho. e a tristeza infindável em dois pares de olhos. parecem sem rumo, apesar de trazerem agendas definidas. nem que o sejam por espaços em branco.
quando uma cidade grande se torna tão claustrofóbica e sufocante. e com tantos pontos de atenção que o olhar desfoca e não encontra um ponto certo. um porto de abrigo.
até encontrar. surpreendentemente, encontra-se noutro vazio. noutro desespero disfarçado.
não há histórias paralelas nesta história. encontros ou desencontros. aliás, já não se espera nada. apenas se vive um presente estranhamente familiar. estranhamente coincidente. estranhamente simples. com tanto lugar no mundo, o encontro de dois vazios é no meio do tal outro vazio cheio de brilhos, músicas, lantejoulas e neons.
e então faz-se realmente luz. nos olhos e nas almas. e não é preciso cenários fabulosos. não era preciso o destino exótico e cosmopolita. ou era?
falar de amor ou atracção. falar de destino ou coincidências. falar de viagens luxuosas. falar do que é cosmopolita ou charmoso, ou do fútil. falar de estilos de vida alternativos, do consumo, da imitação, dos ideiais estéticos. falar da loucura ou do desespero. falar do impulso ou do juízo de valores. falar de quando se perde o controlo ou simplesmente se deixa correr. falar de desejo e de intenção.
falar da simplicidade de um roçar de rostos, de uma troca de olhares, da sensualidade de uma pele, do fogo de um passeio à chuva, da embriaguez de uma porta aberta, de um intenso proteger aconchegante na cama, [tão] mais íntimo que o "será" do sexo. da simples simplicidade no meio da confusão. de quando tudo pára sem nada parar à volta.
tudo perdido em traduções. só sabemos que acaba com um sorriso.
para a V.
para Lost in Translation
não sei porquê. apeteceu-me.
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