conheces-me? ainda sou eu? por vezes fazes-me duvidar.
porque não perguntas? porque não queres saber? porque não me olhas e dizes "como te sentes?" "como estás?" "que se passa contigo, aí dentro, filha?"
porque inventas o que não sabes e deitas ao chão o brilho dos olhos que sempre te fixaram de frente, sinceros e firmes?
vejo-te todos os dias, mas pareces-me outra.
tenho medo. tenho medo de que já não estejas lá.
e não percebo porquê.
porque te afastas? porque te pões expectante de atitudes que não adivinho? e de outras que não são minhas, e que tu sabes bem que não são?
porquê esses beijos secos logo de manhã? é tua intenção castigar-me por alguma coisa? se queres que mude, não o consegues. só me afastas. e sinto a tua falta.
porque me olhas assim? tenho medo de te falar. tenho sempre a sensação que não é a altura certa, sabes? e tenho medo que passe tempo demais.
porque não me respeitas como sou? Porque não tens orgulho nos meus passos, na força que sempre admiraste, na luta que abraço, no ar alegre e na mão estendida que sempre me chamaste?
eu sou eu. eu estou aqui. cresci, mas sou eu. já não sorrio tanto, eu sei. mas não mo cobres como se fosse obrigação. sabes que detesto isso, e perco ainda mais a vontade.
queria partilhar contigo novos sorrisos, pequenas coisas, mas agora tenho medo que já não sorrias comigo.
já tenho a vida que querias para mim. segui o meu caminho, não cedi um passo, mas consegui o tal equilíbrio. já não tens de ter medo. agora já não percebo. porque de cada vez que acho que consegui uma vitória, um motivo para te dar orgulho, o teu sorriso não dura mais que um momento. e depois volta a censura. falhei assim tanto?
sei que não estás bem. sei-o do fundo da alma. mas não queres ajuda, não deixas que te estendam a mão. fechas-te em ti mesma rodeada das tuas certezas baseadas em sei lá o quê. e deixas de fora quem somos. nós duas.
mãe e filha.
porque não perguntas? porque não queres saber? porque não me olhas e dizes "como te sentes?" "como estás?" "que se passa contigo, aí dentro, filha?"
porque inventas o que não sabes e deitas ao chão o brilho dos olhos que sempre te fixaram de frente, sinceros e firmes?
vejo-te todos os dias, mas pareces-me outra.
tenho medo. tenho medo de que já não estejas lá.
e não percebo porquê.
porque te afastas? porque te pões expectante de atitudes que não adivinho? e de outras que não são minhas, e que tu sabes bem que não são?
porquê esses beijos secos logo de manhã? é tua intenção castigar-me por alguma coisa? se queres que mude, não o consegues. só me afastas. e sinto a tua falta.
porque me olhas assim? tenho medo de te falar. tenho sempre a sensação que não é a altura certa, sabes? e tenho medo que passe tempo demais.
porque não me respeitas como sou? Porque não tens orgulho nos meus passos, na força que sempre admiraste, na luta que abraço, no ar alegre e na mão estendida que sempre me chamaste?
eu sou eu. eu estou aqui. cresci, mas sou eu. já não sorrio tanto, eu sei. mas não mo cobres como se fosse obrigação. sabes que detesto isso, e perco ainda mais a vontade.
queria partilhar contigo novos sorrisos, pequenas coisas, mas agora tenho medo que já não sorrias comigo.
já tenho a vida que querias para mim. segui o meu caminho, não cedi um passo, mas consegui o tal equilíbrio. já não tens de ter medo. agora já não percebo. porque de cada vez que acho que consegui uma vitória, um motivo para te dar orgulho, o teu sorriso não dura mais que um momento. e depois volta a censura. falhei assim tanto?
sei que não estás bem. sei-o do fundo da alma. mas não queres ajuda, não deixas que te estendam a mão. fechas-te em ti mesma rodeada das tuas certezas baseadas em sei lá o quê. e deixas de fora quem somos. nós duas.
mãe e filha.
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